Eu amo o idioma italiano. Acho lindo e sonoramente agradável. Aprendê-lo tem sido um grande desafio. Algumas pessoas me dizem que para quem fala o português, é mais fácil, pois algumas palavras são exatamente iguais, mas tem um pequeno detalhe nesta colocação: como vou saber quando a palavra é igual e quando não é?!
Outro dia fui, com meu pai e minha mãe, à Leroy Merlin comprar rejunte para tapar uns buracos nas paredes lá de casa. Você sabe como é rejunte em italiano? Pois é, eu também não. A conversa que tive com o vendedor foi estranha, parecia coisa de bêbado.
Eu dizia beeeem devagar: BU RA CO.
O vendedor me olhava e dizia: Come?!
Eu: Io vorrei qualcosa per "ta pa re" un "bu ra co".
O vendedor: Non ho capito
Eu fazendo gestos com a mão como quem tapa um buraco na parede. Até que a criatura que estava me atendendo disse: Buco?!
Eu gritei feliz: Si, BUCO!!!! Come si dice qualcosa per (fazia o gesto de passando o rejunte) il buco??
Saí da loja com o rejunte, feliz e exausta. Haja conexão neural para comprar rejunte!!
Algumas palavras simplesmentes me encantam.
Quando li Comer Rezar Amar, a palavra escolhida pela escritora como a palavra dela era atraversiamo. É realmente linda, mas eu prefiro osserviamo, do verbo osservare (observar). Não que seja mais bonita que a do livro, mas tem mais a ver com minha fase de vida. Eu observo e absorvo tudo e isto é muito novo para mim que sou extremamente tagarela e gosto de dar a minha opinão sempre. Talvez, pelas novidades do que vivo quase diariamente na Itália ou por causa do meu vocabulário limitado, eu esteja numa fase mais de observar do que de comunicar.
Tenho uma professora maravilhosa de italiano que se chama Paola. Nos encontramos 2 vezes por semana, por 1,5 hora. E essas 3 horas semanais são especiais. Leio, escuto, anoto, repito. Me sinto uma criança aprendo a falar. Mas a Paola é uma incentivadora nata e isto facilita demais meu processo de aprendizagem. Tem dias que apenas conversamos, nada de gramática, nada de conjugar os verbos essere e avere. Quando falo conversamos, estou dizendo que eu utilizo recursos como sons, mãos, olhares, gestos, desenhos e algumas palavras. Ela, ao contrário, parla benissimo l'italiano. Claro!
Tem um momento que me sinto muito bem falando italiano: quando me comunico com as crianças que moram no nosso condomínio. Eles fazem perguntas básicas do tipo: Quantos anos tem a Duda e o Marcello? Onde vocês moravam? Se fala espanhol no Brasil? Onde vocês foram no final de semana? Vocês conhecem os jogadores de futebol? É impressionante, mas consigo responder a todas essas questões com facilidade. Mas é só chegar o pai ou mãe dessas criaturinhas que começa meu desespero...Eles falam rápido e utilizam palavras que meu cérebro não registra...lembra dos desenhos do Snoopy e Charlie Brown? O Charlie ia para a escola e a professora falava só: bla, bla, bla, bla.
É assim que me sinto! Mas, diferentemente da Patty Pimentinha, eu não durmo. Na verdade, eu me concentro e observo cada gesto, ouço com afinco cada palavra e conjugação verbal. E respondo com va benne, que cai bem em 99% das ocasiões.
Vou lançar um desafio para mim mesma: escrever um post em italiano até o final do ano. Aí, você vai me perguntar: e como vou entender o que está escrito? e eu te respondo: usa o google tradutor, oras!
Olá tudo bem?
ResponderExcluirAdorei seu blog, parabéns!
Estou te seguindo e gostaria de te convidar a conhecer meu blog e segui-lo, é da minha personagem cômica,
são vários vídeos engraçados.
Fica com Deus e boa semana.
Divirta-se!!! bjs
www.meninalimaoem.blogspot.com
@limaomenina