28 de maio de 2012

A crise na Itália

Não. Não vá esperando uma análise da situação econômica da Europa. Não vou falar do plano de austeridade do Monti. Existem quilos e mais quilos de jornais que falam sobre isso... vou falar de como a crise começou a se tornar "real" aqui em Milão.

Quando falávamos em crise com os italianos no ano passado, era incrível, mas eles ainda estavam/pareciam incrédulos. Respondiam que sabiam que haveria uma crise, mas que ela não seria tão grave assim, que não atingiria a todos. Acho que pensavam assim porque o ser humano tem uma tendência a São Tomé...sabe aquele santo que tem que ver para crer? Pois é. Agora, eles estão vendo. E creem.

O que mudou? Muitas coisas. Vários negócios já fecharam. Empresas começaram a falir. Os aposentados estão ganhando menos e, quem pensava em se aposentar em breve já "aposentou" a ideia. Os mendigos, que quase não se via por aqui, estão por toda parte. Em cada esquina tem um, ou ajoelhado, ou em pé, mas todos te implorando por uma moedinha. A estação do metrô que frequento desde que cheguei aqui está lotada de sem-tetos. Quando chegamos, existiam 2. Hoje, contei 8. Desses, 3 são mulheres. O que eles fazem o dia inteiro? Pedem dinheiro. Nos trens, a quantidade de pessoas tocando violino, sanfona, cantando, carregando bebê deve ter triplicado. São várias pessoas em cada vagão. Impressionante.

A segurança de Milão era algo que eu falava para todos. Para nós que viemos de um País tão inseguro como o Brasil, a segurança na Itália era algo inacreditável, invejável até. Já não é mais. Outro dia, voltando de um jantar, vimos uma menina sendo assaltada. O ladrão correndo com a bolsa dela e ela atrás, tentando em vão, alcançá-lo. Um casal de amigos teve sua casa arrombada. Levaram tudo. Um ladrão entrou pela janela e fez uma limpeza nos 50 minutos em que eles ficaram fora de casa. Detalhe: eles moram no 5o. andar. Achamos que se não foi o homem aranha, foi o primo dele que subiu pelas paredes do prédio. O garçon do restaurante ao lado da nossa casa, do Amigo, teve uma péssima surpresa quando foi pegar sua moto após um dia de trabalho. Não estava mais lá. E por aí vai....casos e casos de pessoas assaltadas, de pessoas que perderam o emprego, de pessoas inseguras. A única diferença entre os assaltos daqui e os do Brasil é que, aqui, a vida ainda vale alguma coisa. Os ladrões não entram nas casas para render e machucar/matar pessoas. Os assaltantes na rua não andam armados. Eles procuram por coisas e não por pessoas. 

Hoje, vi uma cena que me tocou muito. Um senhor bem vestido, puxando a sua mala e gritando com todos na rua: "Monti, assassino, ladrão! Me tirou tudo!". Acho que ele havia perdido tudo mesmo, até a esperança.

Espero que a situação melhore, que soluções sejam vislumbradas e colocadas em prática e que as pessoas sejam poupadas. Parece que já é hora de perceberem que o capitalismo já deu o que tinha que dar e que se faz necessário um outro tipo de sistema econômico, mais igualitário, mais humano. E que as pessoas que governam os Países consigam pensar coisas novas e não suspirar com as lembranças do passado, pois esse, ah! esse já passou!

27 de maio de 2012

Olha o nível da informação...

Estávamos no carro, ouvindo (acreditem!) Phil Collins. Nas rádios italianas ou toca música muito velhinha, no maior estilo túnel do tempo ou toca músca de algum italiano rouco. Só. Não tem outra opção. E os radialistas falam muuuuuuuiiiito. Muito mesmo. O tempo todo. São 2 músicas velhas, falação, 1 música rouca, falação, 1 música velha, falação e assim vai...um terror. Outro dia ouvi uma sequência com True Colours (Cindy Lauper) e Freedom (George Michael - eu tinha o LP!!!!). E o cara ainda anunciou que depois tocaria Skid Row! Eles pararam na década de 80. O Ernani, marido da Mirella, sobrinha do marido, ia adorar ficar ouvindo rádio italiana, pois ele também ainda está lá pelos anos 80...perdidão por lá!

Voltando ao Phil...virei para o marido e perguntei:

- O Phil Collins ainda está vivo???
- Ué, se não não está morto, está vivo sim.

Sério?!

25 de maio de 2012

Umbigo outside...existe?

Ontem teve uma festa da escola das crianças que acontece todos os anos e serve para arrecadar dinheiro para ajudar uma escola na África. Os meus filhos adoraram a festa do ano passado. A escola chama alguns pais para participar e se tornarem responsáveis por algumas das barraquinhas. Cada barraca representa um País. Os pais devem enfeitar e criar uma brincadeira ou jogo. As crianças que participam, ganham um carimbo em seus passaportes. Além disso, cada barraca tem uma dica para que as crianças saibam qual o próximo País a ser visitado. Ao final, com o passaporte todo carimbado, os pequenos vão até a última barraquinha e podem escolher um prêmio. A ideia é bem bacana, pena que na prática não é tão bom assim. Por exemplo, fomos na barraca da Escócia e, ao chegarmos, as crianças já perguntaram o que deviam fazer, a mãe-colaboradora mostrou uma foto da Argentina. Isso mesmo, ela só mostrou a dica, não criou nada...que pena. Mas, outras se superaram. Na Espanha, as crianças vendadas deviam colar o rabo no touro. No Japão, vendadas também, as crianças deviam montar um japa, colocando bochechas redondas rosadas, olhinhos puxados, nariz e boca. Tinha japinha com bochecha nos olhos, olhos na boca. Muito divertido.

Mas, como a festa era na Itália e não no Brasil, não tinha comida, era tudo muuuuito bagunçado e com decoração inexistente. Uma pena. Com um espaço bom daqueles dava para fazer uma festa realmente maravilhosa. Eles optaram por fazer algo só legalzinho.




Vocês já perceberam como sou enrolada para contar alguma coisa, né? A verdade é que comecei o post para contar da pré-festa. Eu levei a Duda, o Dudu, o Rafa e a Nicole (amigos das crianças). No carro, Rafael descobriu que o umbigo do Marcello era para fora (ele tem uma pequena hérnia que a pediatra já falou para esperarmos, pois ela deve desaparecer em breve). E mostrou o umbigo dele que é para dentro. Dudu disse que cada um tinha um tipo de umbigo e Rafa me sai com essa:

- É isso mesmo. Cada um tem seu tipo de umbigo. O seu é outside e o meu é inside!

O primeiro...a gente não esquece

Foi o meu primeiro e eu nem percebi que era um terremoto...

Pra quem não sabe, a terra tremeu aqui na Itália na madrugada de domingo. O tremor, de 5,1 na escala Richter, teve o epicentro próximo a Ferrara, na região da Emilia Romagna. Houve desabamentos, mortes e várias pessoas continuam desabrigadas por lá. Uma coisa triste demais e, o pior, é que parece que a terra não vai parar de tremer ainda. Já foram notificados mais de 100 tremores menores.

E como sentimos o terremoto? Foi assim: marido comprou uma churrasqueira e resolveu estreá-la com os amigos aqui em casa - parêntese para mostrar que delícia estava nosso churrasquinho.



Comemos, bebemos e fomos dormir quase 1 hora da manhã. Ainda não entenderam o que isso tem a ver com o terremoto, né? Já vão entender...

Pois bem, estávamos dormindo e, lá pelas 4 da manhã, acordo com a cama batendo na parede. TUM! TUM! TUM! Muito forte mesmo. Como eu estava com muito sono pensei: "Nossa! Marido comeu tanta carne que ficou agitado! Tá até balançando a cama." - e voltei a dormir. Marido acordou também com o barulho e pensou: "Nossa! O Dudu está tão agitado que está até sacudindo a cama!" - e voltou a dormir. Detalhe: Dudu estava no quarto dele! Nem estava conosco. As crianças? Nem acordaram.

No dia seguinte, pela manhã, uma vizinha havia postado no facebook que havia perdido o sono por causa do terremoto e que nunca se acostumaria com essas coisas. Para tudo! Liguei uma coisa a outra e bingo! Não era o marido agitado, era um terremoto!

Foi assim meu primeiro terremoto. Dormindo estava, dormindo continuei.

Só espero que não venha o segundo....

16 de maio de 2012

Da série: coisas que só acontecem comigo

A Duda tem uma amiguinha que sai da escola todos os dias (TODOS mesmo!) chorando porque quer ou ir para a casa de alguém ou que alguém vá para a casa dela. Ela é uma graça de menina. É esperta, inteligente, lindinha, mas...chora pra caramba. Eu sou capricorniana (já disse isso aqui!), programada, rotineira. Gosto de coisas programada, previamente acordadas. A mãe da amiguinha é o oposto. Acho interessante essa forma de levar a vida. Com certeza, sem muitas amarras, a vida fica mais leve, mas...essa vida não é pra mim! Se depender da amiguinha, Duda iria para casa dela todos os dias ou ela viria para a nossa, mas isso não é possível. Não é possível, pois tenho que fazer dever de casa todos os dias com as crianças, tenho que fazer comida, arrumar a casa, levar Marcello no futebol, Duda na patinação, dar banho (eles já tomam sozinho, mas sempre rola um ponto de controle!). Se ficar indo e vindo de casa de amigos todos os dias, piro. Aí, combinei com eles que podem chamar um amiguinho ou ir na casa de alguém uma vez por semana. E funciona. Menos com a amiguinha-que-chora-todos-os-dias.

Fomos convidados para um aniversário outro dia. A festinha era num parquinho de brinquedos infláveis. A aniversariante é da turma do Marcello da escola e é, também, nossa vizinha. A mãe da aniversariante escreveu Marcello e Maria no convite. Até aí tudo bem, né?

Quando peguei a Duda hoje, a amiguinha estava chorando...Duda havia contado a ela que iria a uma festinha. Ela queria ir também, mas a pessoa que foi buscá-la disse que ela havia ballet e que não pderia ir. Eu saí da escola com meus filhos e fomos em direção à festa. No meio do caminho, toca meu telefone. Era a mãe da amiguinha-que-chora-todos-os dias, perguntando se eu poderia levá-la para a festa. Segue o diálogo:

Mãe da menina: - Você pode levar a amiguinha-que-chora-todos-os-dias para a festa?
Eu: - A festa da fulana?
Mãe da menina: - É. A festa. (prestem atenção a essa resposta!)
Eu: - A festa da FULANA? Sabe, ela é da turma do Marcello. (falei isso para deixar claro que era uma festa de outra turma e não da turma da Duda e da amiguinha-que-chora-todos-os-dias)
Mãe da menina: - É. Você pode levá-la?
Eu: - Eu já estou quase chegando. Onde está a amiguinha-que-chora-todos-os-dias?
Mãe da menina: - Na escola, mas vou pedir para deixarem ela na festa. Só precisa você pegá-la na porta.
Eu: - Ééééé. Tá bom...pego a amiguinha-que-chora-todos-os-dias na porta então.

Cheguei e 5 minutos depois toca o meu telefone. Era a pessoa responsável pelo transporte da amiguinha-que-chora-todos-os-dias. Falei que já iria buscá-la, mas antes fui falar com a mãe da aniversariante:

Eu: - Oi. A mãe da amiguinha-que-chora-todos-os-dias me ligou para eu pegá-la na porta, pois ela queria muito vir à festa, mas a mãe não poderia trazê-la.
Mãe da aniversariante: - Tá, mas quem é a amiguinha-que-chora-todos-os-dias?
Eu: - É da salinha da Duda...Você não sabe quem é? Você não a convidou?
Mãe: - Não, não sei quem é. (seca assim!)
Eu em pânico: - Olha, provavelmente, a Duda falou sobre a festa e a amiguinha-que-chora-todos-os-dias quis vir e a mãe nem deve ter percebido que ela não foi convidada
Mãe: - Olha, fique tranquila, pode pegá-la. Uma criança a mais não tem problema...
Eu: - Me desculpe e obrigada.

Pronto. Minha penetra estava garantida. Fui pegar a amiguinha-que-chora-todos-os-dias. Ela estava com o responsável pelo transporte e o irmão mais velho. Cumprimentei a todos e a chamei para entrar. Nisso, o irmão viu os brinquedos e disse:

- Nossa! Vai ser aqui a festa? Eu também vou ficar!

Simples assim. Eu só pensei: f****! Imagina o que a mãe da aniversariante vai pensar! Ai, meu Deus! A mulher brasileira me falou de uma e agora, são 2!!!!

Respirei fundo, pois os dois já estavam dando o nome na porta. O rapaz perguntou quem era o responsável e eles me apontaram. Isso significa que, ao lado do meu nome, estava escrito: + Duda, + Marcello, + amiguinha-que-chora-todos-os-dias, + irmão da amiguinha-que-chora-todos-os-dias. Tá bom pra vocês? Aguardem, pois vai piorar. Tudo nessa vida pode piorar...e o responsável pelo transporte resolveu entrar também! Pronto, caos total. Eu, meus filhos e TRÊS pessoas a mais!

A mãe da aniversariante veio falar comigo. Lógico que veio. Perguntou quem era a amiguinha-que-chora-todos-os-dias. Apontei. Aí, a mãe me perguntou quem era aquele menino maior. Falei que era o irmão da amiguinha-que-chora-todos-os-dias. Aí, ela perguntou quem era o rapaz que estava sentado no banco. Respondi, já quase sem voz, que era o responsável pelo o transporte dos dois. Pensem numa criatura com vergonha. Pensaram? Agora, multilpliquem por 1.000. Pronto. Esse é o resultado de uma pessoa que nunca mais vai cumprimentar a vizinha/mãe da aniversariante. Se bem, que, se estou na Itália, vou fazer como os italianos:

- Beh! È cosí!!!!!

13 de maio de 2012

Vida das Mães

Com os dias das mães se aproximando, comecei a refletir sobre o significado desta data para mim...Cheguei a conclusão que a data, em si, não significa muita coisa pois, ser mãe é algo tão grandioso que não cabe num dia só. Ser mãe é coisa para uma vida inteira ou até mais de uma! Então, como posso encontrar um significado para um único dia? Impossível. Desisti.

Ampliei minha pesquisa interna e comecei a pensar o significa ser mãe. Um turbilhão emocional tomou conta de mim. E acho que isso aconteceu porque ser mãe é isso: um amontoado de emoções que me tornam a pessoa mais amada,  preocupada,  imperfeita, assertiva, alegre, angustiada, realizada, despreparada, crítica, mole, rígida, flexível, amorosa, briguenta, 
dominadora, educadora, permissiva, inteligente, ignorante, 
desarrumada, amiga, companheira, compreensiva, cobradora, feliz do mundo todo! E no mesmo dia! E eu adoro essa complexidade que a maternidade me trouxe.

E mesmo com todo o cansaço real, físico, mental e emocional que toda mãe tem, eu não consigo imaginar - um dia sequer - minha vida sem meus bens mais preciosos: meus filhotes Duda e Marcello! É com eles e para eles que vivo e vou viver o resto desta minha vida e, tomara, que as próximas também!

Para todas as mamãe que vem por aqui: FELIZ VIDA DAS MÃES!!!!


Feriado!! Oba!! Parte 3

Dia de parque! Dia de Legoland! Acordamos cedinho para percorrermos nossos 50 km com tranquilidade. Chegamos antes do parque abrir. Uma coisa chamou nossa atenção logo na entrada: tudo em alemão! E pior, nada em inglês! Nada, nadinha, nem o mapa do parque tem uma versão em inglês. Tivemos que rebolar um pouquinho...

Logo na entrada, recebemos duas pulseirinhas para colocarmos nas crianças com telefone e nome do responsável. Adorei essa ideia. Sempre que vamos à Disney, eu faço crachás para meus filhos com todos os dados. No Gardaland, o pessoal costuma escrever o telefone do responsável nos braços dos pequenos. A ideia da pulserinha poderia ser implementada em todo e qualquer parque. Simples e eficiente.



Depois de identificados, começou a diversão! Marcello era o mais empolgado. Pulava e gritava ao mesmo tempo: "Legoland! Legoland!". Agitadíssimo. Minha opinião é a seguinte: trata-se de um parque pequeno (em um dia tranquilo, durante a semana, é possível fazer todas as atrações em um único dia), bem colorido e com foco em crianças pequenas. Perfeito para os meus filhotes. Crianças maiores ou adolescentes podem se decepcionar um pouco. Por exemplo, existem montanhas russas, mas nenhuma com looping. Todas são adequadas para a Duda e Dudu que têm 1,18m e 1,24m, respectivamente. Eu e o marido preferimos o Gardaland ao Legoland. As crianças preferiram o Legoland ao Gardaland.

Logo que entramos, fomos para o lado esquerdo. Já fomos em um passeio emocionante num barquinho em que quase caí para entrar nele de tão baixinho...


Depois, seguimos para o Lego Fabrik. Nessa hora, sentimos muita falta do inglês...um rapaz fez o grupo de umas 30 pessoas entrar, sentar no que parecia uma salinha de cinema. Fechou a porta, falou algumas coisas e abriu a porta do outro lado da sala. E agora?! É pra sair? É pra ficar? Olhamos para os lados. Ninguém se mexia, mas todos olhavam para a porta aberta. Depois, sem entendermos lhufas do que o rapaz falava, a porta fechou e começou um filminho. Pelo que vimos, estávamos entrando no local onde são fabricadas as pecinhas de lego. A porta abriu de novo, a luz acendeu e todo mundo levantou. Nós também. Rodamos a fábrica que no final tem uma loja na qual se pode comprar tudo e imaginável da lego.




O Marcello tinha passado o mês todo falando de um brinquedo chamado Lego Ninjago que ele queria ir e coisa e tal. Quando chegamos no tal brinquedo, ele literalmente amarelou. Começou a dizer que não era para "os anos dele" e que iria depois. Logo ao lado, tinha um playground. As crianças foram brincar e eu resolvi encarar o tal do Flying Ninjago. É uma espécie de cadeira/borboleta em que você senta, fica presa com o cinto e pode manusear as asas como quiser. Com a altura e o vento, dependendo da posição em que você coloca suas asas, é possível fazer vários giros 360o. Interessante, mas tem um detalhe: uma coisa é você entrar num brinquedo que te vira pra cima e pra baixo, outra é você se virar pra cima e pra baixo. Requer, no mínimo, coragem e a minha ficou em casa! A expectativa com a minha ida ao brinquedo foi enorme. Tive uma torcida lá em baixo que gritava: "vira, vira" e eu...bom, não virei. Mal mexia nas minhas asinhas. Depois que saí, marido me sacaneou muito!!! Disse que eu parecia cachorro em canoa, tentando ficar parada para não virar! Ri demais! Mas, fui a ÚNICA da família que encarou o brinquedinho mais radical do parque!



Saímos de lá e fomos para um lado meio medieval. Um castelinho com uma montanha russa gracinha de um dragão. As crianças adoraram. Até repetimos!




Depois fomos em uma beeemmm infantil que dura 20 segundos! E seguimos para um lado do parque bem legal. Tem um salão enorme, cheio de legos para as crianças brincarem e montarem seus próprio carrinhos. Além disso, eles disponibilizam pistas de corridas e as crianças ficam lá brincando, competindo. Uma graça. Dudu não se conformou, pois a Duda ganhou as 5 corridas!!!



Fizemos um Safari, as crianças andaram num barquinho, Dudu e Guto foram em um que tem uma quedinha na água e aí, achamos o brinquedo mais bacana do parque. São barcos de piratas que passam com as pessoas dentro e possuem canhões de água para atirar em quem está de fora do brinquedo. Quem está de fora também pode ir até um dos diversos canhões de água e atirar em quem está dentro! Muito legal! Saíram todos encharcados de lá.

Bichinhos de lego

Marido aproveitando o Safari a seu modo


Meus filhos molhando o povo do barquinho!


Almoçamos muito mal...num tal de Schnitzel Spot. Atendimento péssimo, lento e o rapaz errou o pedido de todas as pessoas da fila. Quase uma hora para chegar o lanche...Schnitezl é uma carne de porco bem fininha a milanesa. As crianças gostam muito. Parece um nuggets bem fino e grandão. Todas as refeições do parque vinham acompanhadas de batata frita e lá é impossível comprar água mineral sem gás. Não existe. Comprei uma com gás, bebi e enchi os copos com água nos bebedouros que existem na frente de qualquer banheiro. Meus filhos odeiam água com bolinhas...

Seguimos para uma parte que tem uma montanha russa legal , uns brinquedos que molham e um cinema 3D. Marcello queria muito assistir. Entramos. Gente, eu desmaiei. Nunca tinha acontecido isso antes. Imagina. Logo eu que amo parques de diversão...mas o cansaço me pegou de jeito. Acordei quando acenderam as luzes! Não faço ideia de como é o filme.

Saímos de lá e fomos para a miniland. Uma atração gracinha (foi a que eu mais gostei!) em que várias cidades da Europa são retratadas em peças de lego. Uma coisa impressionante! Algumas partes das cidades são interativas e quando as crianças apertam um botão, começam a funcionar. Um balão que sobe. Um casamento que toca música. Muito legal.


Allianz Arena de Munique. Perfeito. tem até bandeirão subindo na torcida!

Veneza de lego

Neuschwanstein - Nós já fomos com as crianças!


Lindo, né?

Como o hotel dava direito a dois dias de parque, voltamos no dia seguinte. Como estava previsto um calor de mais de 30 graus, fui preparada. Levei um maiô e uma sunga para as crianças se esbaldarem nos brinquedos molhados! Nem ficamos o dia todo no parque, pois não sobraram muitas atrações. Encontramos o Pelé e o Ronaldinho por lá. As crianças fizeram uma tatuagem e foram brincar na água. Depois, mais um filme em 3D em que dormi. Desisto desse filme...





Marcello pediu para voltarmos, mas com o Gardaland tão pertinho...difícil, mas quem sabe um dia?!

12 de maio de 2012

Um craque só meu!

Meu filhote foi convocado para sua primeira partida oficial da escolinha de futebol do Milan! Isso significa que ele está jogando bem, pois só algumas criancas são chamadas para essas partidas! Ele ficou feliz, mas quem gostou mesmo foi o pai! Já babou e babou! Eles acabaram de sair para ir a outra cidade para o jogo. Sabe Deus a que hora voltam.... E eu fico aqui torcendo para que meu filhote se divirta muito!



Feriado! Oba! Parte 2

Fomos cedo para o Olympiapark, área criada para as Olimpíadas de 1972. É lá que tem o MuseuBMW. Íamos só passar por ele, pois é o local mais próximo para estacionar no parque, mas as crianças e o marido adoraram o museu e ficamos um tempinho lá dentro. Duda e Dudu quiseram tirar foto com todos os carros..."Mãe, agora com este!", "Mããããeeee, aqui, aqui, com este!!!"






Saimos do museu e fomos em direção à Torre Olímpica, mas no meio do caminho havia um laguinho...Os alemães brincam muito com umas bolas em que a pessoa entra, eles enchem de ar e jogam no lago e as criaturas ficam lá girando, caindo, rindo, suando...lógico que meus filhos quiseram experimentar. Gostaram tanto que só falavam em ir de novo.





Após a hamster experience, fomos subir na torre. Lá existe um observatório e um restaurante giratório. Tenho trauma de restaurante que gira desde um velhinho que fomos em Valparaíso, no Chile. Ficamos só no observatório mesmo e, gente, que vista linda! São 3 níveis. O elevador te deixa no primeiro, a 185 metros de altura e depois é possível subir umas escadinhas e chegar até 190 metros. Dá para ver a cidade toda lá de cima além da Allianz Arena e até os ALPES! Incrível!

 





Lá, no último nível, as pessoas -e seus instintos predadores - deixam recadinhos e meus filhotes deixaram nossos nomes por lá.

O Olympiapark é imenso! Vale a pena reservar um dia só para ele. Tem muita coisa para ver, mas como pegaríamos a estrada cedo, ficamos apenas uma manhã.

Seguimos de lá para Dachau, um campo de concentração. Pensamos muito antes de ir por causa das crianças. Não sabíamos como reagiriam no lugar, mas arriscamos e foi muito...nem sei que palavra usar. Rico? Interessante? Sei lá. Contamos para elas como aconteceu a segunda guerra, quais as intenções de Hitler, a maldade e crueldade as quais os judeus foram submetidos. É claro que isso tudo em uma linguagem infantil. Tanto Duda quanto Dudu se interessaram muito. Visitaram todo o campo de concentração e fizeram 1001 perguntas.

Lá em Dachau tem um museu em homenagem aos judeus, mas algumas partes eu não os deixava ver, pois eram fotos muito, muito cruéis. Impressionante como os nazistas se vangloriavam com aquilo. Eles registravam, e muito, os momentos de sofrimento dos judeus. O ambiente é pesado, triste mesmo. Quase 200.000 pessoas passaram por lá e apenas 500 sairam com vida. É importante que não destruam esse tipo de local para que a humanidade sempre lembre de quanta crueldade o homem é capaz e também para que ninguém tenha ímpetos de repetir o que aconteceu naquelas terras...


Hora de sacudir a poeira. Melhorar o astral, vamos para o hotel do Legoland! Na verdade, o site do parque indicava esse hotel e nós fizemos a reserva. Só que não vimos que ficava a 50 km do parque...Isso mesmo: CINQUENTA!! Só para ajudar nas contas: CEM, ida e volta! Mas o hotel era uma graça: quartos imensos, atendimento excelente e dois restaurantes maravilhosos. Fica na cidade de Hedenheim, coladinho no centro de convenções e no castelo de Helenstein. A cidadezinha, de 50.000 habitantes, é muito bonitinha e animada. Enquanto estávamos por lá aconteceram um campeonato de esgrima e uma partida de futebol. 




Lindinho, né?

Amanhã eu continuo com o Legoland!!

11 de maio de 2012

Feriado! Oba!

Marcello  foi brincar na casa de um amigo e voltou de lá enlouquecido para conhecer o Legoland, o parque de diversões da Lego. O amiguinho já foi umas 3 vezes e falou maravilhas. Passamos um mês ouvindo sobre o parque e, num feriado, resolvemos encarar a estrada. Fomos para a Alemanha.

Nosso roteiro incluiu Munique que fica a 480 km de Milão e o Legoland, a 460 km. Resolvemos ir de carro já que as estradas são muito boas e as paisagens lindas. Saímos cedinho e rapidamente já estávamos na Suíça. Na fronteira, ficava um fiscal encaminhando os carros que ainda não possuiam o selo Suíço no carro. Compramos o nosso e seguimos viagem. Atravessamos os Alpes e a temperatura que estava em 16 graus caiu para 4!


Passamos pela Áustria e, na saída, aconteceu a mesma coisa: um fiscal nos parou na fronteira. Só que, ao invés de nos indicar o local/pessoa para que ou com quem pudéssemos comprar o selinho, o desgramento do homem começou a falar de maneira grosseira que havíamos passado e não havíamos comprado o tal selo. Como assim?! Nós não tínhamos visto absultamente nada. Aliás, mesmo que tívessemos visto, seria impossível saber, pois não entendíamos as placas...o homem foi tão grosso, mas tão grosso que me deu vontade de dar um grito com ele: BBBBBAAAAASSSSSTTTTTAAAA! Mas não gritei. Aguentei o abuso da autoridade. Marido estava irritadíssimo. Pagou a multa e foi atrás do famigerado selo. E cadê que achava o local...No lado em que estávamos da estrada, o esquerdo, já era Alemanha. Impossível comprar o selo da Áustria ali. Marido teve que atravessar a estrada toda até chegar do outro lado, a Áustria! 40 euros depois, continuamos a viagem.

Uma coisa é bacana e estranha nas estradas alemãs: não existe limite de velocidade. E como o povo corre por lá! Uma hora estávamos a - incríveis - 150 km/h e éramos os mais lentos da estrada! Eu, sinceramente, fiquei preocupada. Marido teve que se controlar para não seguir o fluxo. Imagina se bate?! Deve ter patê de alemão todos os dias naquelas estradas....

Bom, chegamos em Munique e fomos direto para o hotel. Aprendemos, rapidamente, que todos os endereços escritos nos vouchers não funcionam no GPS. Tivemos que ligar para todos os hoteis e confirmar o endereço. Quando eu falava que era para o GPS, me davam outro. Muito estranho. Era assim: devíamos  ir para a R. Margarida Flores, 55 mas, para chegar efetivamente no local, tínhamos que colocar no GPS R. Violeta dos Espinhos, 74! Nada batia com coisa alguma. Vai saber...deve ser coisa de alemão.

O nosso hotel era uma graça. Um flat muito bem localizado. Super indico. Chama-se Citadines e tinha uma estação de tram bem na frente. Olha essa foto do hotel. Tirei da estação do tram.


Fomos direto para o centro. Que cidade lindinha. Adorei! Vou fazer uma pergunta séria para vocês: que cidade eu não adoro?  Acho que todas têm suas coisas boas e ruins, mas como ficamos pouco tempo nelas, só dá tempo de ver as boas. Aí, gosto de tudo mesmo! 

Fizemos o centrinho todo em uma tarde. Não vimos tudo, mas aproveitamos tudo que vimos. Básico assim. Descemos em Karlsplatz. Uma praça gracinha que tem uma muradinha de acesso às ruas do centro.



Nossa primeira parada foi em Frauenkirche, a Catedral de Nossa Senhora que está em reforma. Aliás, a cidade inteira está em reforma. Incrível!


Guto rezando com as crianças
Seguimos para Marienplatz, coração da cidade. Lá, tem uma torre imensa com um famosso carrilhão, com 43 sinos e 32 figuras de cobre, mas não o vimos funcionando. Segundo o guia, ele funciona pontualmente às 11 e ao meio-dia.



Seguimos em diração à Igreja de São Pedro até chegarmos ao Viktualienmarkt. O mercado é um lugar muito legal. Cheio de gente, com várias cervejarias ao ar livre. Além disso, existem barraquinhas que vendem de tudo um pouco. Só não tomamos uma cerveja, pois não havia uma só mesinha vaga...procuramos, procuramos e, quando finalmente achamos, um senhor sentou-se conosco e começou a fumar. Levantamos e seguimos nosso caminho.



Fomos para a praça Platz onde fica a Hofbräuhaus, a cervejaria mais famosa da cidade. Segundo o guia de Munique, é a mais célebre do planeta...Ela foi fundada em 1589, mas só a realeza podia entrar. Só no século XIX que os pobres mortais começaram a frequentá-la. A cervejaria ficou mundialmente famosa por ter sido o primeiro cenário de uma manifestação nazista, em 1920. Dizem que Hitler tomou cerveja por lá....ô homenzinho desprezível.





À noite, seguimos para o local onde acontece a Oktoberfest. Nos falaram que estava tendo uma mini oktoberfest. Na verdade, era um parque de diversões gigante e uma tenda/cervejaria que estava com um telão passando Bayern de Munique X Real Madrid. Estava animado, mas não ficamos pois estávamos com as crianças. Ficamos na parte do parque e jantamos por lá mesmo. Pedimos um frango e veio uma costela e meio frango assado....nem todo mundo fala inglês por lá.





Quase me afoguei nesse 1 litro de cerveja! A cerveja alemã é muito boa, mas seria melhor se fosse geladinha, como no Brasil. Fica a dica, alemãozada!

Amanhã tem mais...