26 de fevereiro de 2013

Roberto Cavalli, perfeito

No sábado, foi dia de Ermanno Scervino e Roberto Cavalli. Sendo muito sincera....eu não sabia da existência desse Scervino. Desinformada? Quem? Pode ser um sacrilégio para os apaixonados por moda, mas eu, na minha simples existência, não o conhecia. O legal é que fui sem expectativa alguma. E fica fácil superar as expectativas desse jeito, né?

Chegamos em cima da hora. Como de costume, o desfile começou atrasado. Nossos lugares eram excelentes, entre umas madames com um micro cachorro (do tamanho da minha mão) que usava um colar cheio de fru frus e um grupo de japoneses, bem no início da passarela, 3a. fila. Conseguimos ver até o Ermanno Scervino chorando no final. Bacana ver alguém emocionado nesse universo cheio de competição e grana. Ele deve gostar do que faz...

Bom, sobre o desfile. Achei tudo bem pálido. Só no final as roupas vieram em cores mais fortes como preto e navy blue. Pouca animal print. Começou com muitas roupas cinzas. Muitas mesmo. Calça, vestido curto, casaco longo, vestido longo. Tudo cinza. Depois, vieram roupas off white, nude, rosa clarinho e um tom puxado para o goiaba, lindo pra caramba. Aliás, ele fechou o desfile muito bem com 2 vestidos longos com saia de organza, recortada a laser maravilhosos. Muita pele e algumas modelos vinham com uma toquinha de pele que me lembrava a chapeuzinho vermelho. Não gostei. Outra coisa que me chamou a atenção foi a magreza das modelos. Gente, tinha uma moça, coitada, que não deve ver comidá há anos. Era pele e osso. Dava dó. Será que ela é feliz assim?

Uma coisa que adorei foi a passarela em U. E colocaram assentos no meio dela também. Mais gente na primeira fila. Ponto para o Scervino!

Ermanno ScervinoErmanno Scervino

Ermanno ScervinoErmanno Scervino

   
Saímos correndo (de novo!) para o Arco della Pace para o desfile do Roberto Cavalli. Gente, o que foi aquilo? Apaixonei. Por tudo. Vestidos maravilhosos. Calças maravilhosas, casacos maravilhosos. Muito brilho, muita coisa curta, sapatos chiques demais. Sonho de consumo total. As bolsas vieram todas pequenas e lindas. Só não gostei de uns blazers que me lembravam toureiros...não é meu estilo, mas respeito. O grande problema do desfile foi a passarela. Quando cheguei, achei linda de viver. Toda geométrica e com um brilho discreto. Maravilhosa. Mas, 4 modelos tropeçaram e acho que isso não é normal. Acho que tinha alguma fresta entre um pedaço e outro e os saltos (eram todos scarpin, salto agulha) agarravam. Dava dó de ver. As bichinhas naqueles saltos imensos e lutando pra não cair. Fora isso, achei a coleção irretocável. Ah! Adorei o efeito wet nos cabelos. Pelo que li, foi uma tendência fortíssima nos desfiles dessa temporada. 

Eu queria ter tudo do Cavalli no armário...só isso! Leu, marido? Tudo, alguma coisa, uma coisinha só. Vale qualquer coisa! 

Pena que minhas fotos ficaram horríveis...mas, quem quiser ver a coleção, dá uma clicada aqui.

Roberto Cavalli
Roberto Cavalli
Roberto Cavalli



Essas fotos foram tiradas do site http://ffw.com.br. 

Uma coisa que me amarrei nos desfiles foi reparar na produção dos convidados...muita gente diferente. Vi caubói cibernetico, homem com bengala com cabeça de leão dourada e chapéu cuoco, mulheres que não sentem frio, usando sandálias altíssimas e vestidos curtos. Colete de pele com tênis e bermuda. Chapéu roxo, verde, prata. Pele pra tudo quanto era lado. Óculos escuros com lágrimas caindo. Um verdadeiro parque de diversões! 

Sim, eu fui

Terminou, na última segunda-feira, a Milan Fashion Week, um dos eventos mais importantes da cidade. Eu, sinceramente, nunca imaginei que fosse assistir a um desfile, pois existem milhares de pessoas mais envolvidas com moda - por aqui e no resto do planeta - do que eu. Mas, sabe auqela coisa de estar na hora certa, no local certo, com as pessoas certas? Essa conjunção de fatores fez com que, literalmente, caíssem em minhas mãos alguns convites. Pensem numa pessoa feliz! 

Além de ganhar os convites, ainda tive a cara de pau de pedir um extra para levar a Carol, uma amiga brasileira que mora por aqui. E não é que deu certo? Faltava só um pequeno detalhe: quem ficaria com as crianças. Bem na semana do evento as crianças estavam de férias! Pois é, na escola deles, todo mês de fevereiro, a escola fecha por uma semana que é batizada de ski week. A meninada adora e os pais ficam de cabelo em pé, principalmente quem trabalha e não tem ajuda com os pequenos. 

O primeiro desfile era da Fendi e seria às 12:30. Peguei a Carol, as crianças e seguimos para o trabalho do marido! Dia de desfile = Dia de visitar o papai no trabalho! Larguei a molecada para almoçar e fui para o local do evento. Aprendi muitas coisas nesse dia. Todos os desfiles começam 30 minutos depois da hora marcada no convite. Todos os desfiles duram um pouquinho mais do que 10 minutos. Sem máquina profissional é impossível fotografar as modelos (a luz que eles jogam na passarela dá um clarão e as moças ficam parecendo fantasmas nas fotos! E olha que eu tentei muito!). Não vai ter vaga perto do local do desfile. Fato.

Chegamos ao local, um prédio antigo e lindão que já estava lotado. Muito badalado o negócio. Fotógrafo pra todo lado, um monte de gente famosa que não faço ideia de quem sejam, glamour puro. O local do desfile da Fendi era lindo e a decoração estava primorosa, chiquérrima. As "arquibancadas" eram pretas, lindas, pareciam com a passarela. As paredes todas com a logo da marca. Em cada assento, tinha uma pasta com croquis da coleção. Babei.



  
Depois de 30 minutos, ouvi um shhhhhhiiiii. Silêncio total. Escuro. Música. Luz só na passarela. Arrepiei. E lá vem as modelos magérrimas, com cabelos de gosto duvidoso, usando roupas que euzinha não usaria no dia a dia nem se ganhasse. Muita pele. Nas bolsas, sapatos, óculos e cabelos das modelos. Acho demais. O que gostei mesmo foi de uma bolsa preto e branca mara. E gostei das cores pink e azul que apareceram mesmo numa coleção de inverno, comprovando que, hoje em dia, tudo é permitido. Se quiserem ver mais fotos do desfiles, entrem no Trendy Twins que a Ana já colocou por lá.


Depois de exatos 12 minutos, acabou. Saímos correndo para o próximo que era do Just Cavalli que começaria às 13:30. Era em outro local, bem embaixo do Arco della Pace, no Parco em Sempione, bem no centro de Milão. Acha vaga ali? Não. Depois de rezar pra são Longuinho, Santo Expedito e outros, encontramos uma vaguinha beeemmm apertadinha. Corremos muito. 



Quando chegamos, a mesma coisa, atraso de 30 minutos. Nem precisava tanta correria. Ah! Todos os desfiles têm lugar marcado. E tem umas pessoinhas que te ajudam a encontrá-lo. Em cada pedaço de arquibancada deve caber umas 50 pessoas, mas eles colocam 70. E ficam todas espremidinhas. Vários corpos ocupando o mesmo lugar no espaço. A nossa surpresa foi quando nos encaminharam para a primeira fila! Isso mesmo! No cantinho, finalzinho da passarela, mas primeira fila. Até filmaram e tiraram foto da gente! Coitado do fotógrafo que deve estar até hoje tentando adivinhar quem somos! 

O espaço da Just Cavalli era bem mais simples que o da Fendi, mas o desfile foi infinitamente melhor, pelo menos na minha super humilde opinião. Achei as roupas bem mais usáveis e menos passarelescas (acabei de inventar!). Quando deu 14:00, as luzes se apagaram, e acendeu uma linha vermelha na passarela. Aí, na lateral, acenderam umas telas de LED com imagens de chama. E começou. Muito bacana. Show lindo de se ver. Paixão pelas roupas que nunca vou ter. Amei uma ankle boot azul chiquérrima e o último vestido. Apesar de ser a coleção inverno 2014, achei tudo bem fresquinho. Vestidos curtos, tecidos leves, tudo muito colorido e com cara do Cavalli. 

Ah! No meio do desfile, uma moça sobe na passarela com um cartaz na mão e começa a gritar. Os seguranças, em segundos, a tiraram. Ela gritava tanto que era possível escutá-la mesmo com a música tão alta. A Ana disse que provavelmente era um protesto contra o uso de peles no universo da moda. Fiquei com pena. Da moça, do bichos e por saber que isso parece não ter fim, pois nos 4 desfiles que fui, eram peles pra todo lado!






Doze minutos depois, the end. Fomos correndo pegar o carro para resgatar as crianças. É claro que meu carro estava fechado pela imprensa chinesa. Super normal isso. Peguei só Marcello, pois Duda decidiu ficar no trabalho com o papai e ganhar salário inegral do dia útil. Amanhã, Scervino e Roberto  Cavalli.

13 de fevereiro de 2013

We are carnaval!


Samba, suor e cerveja? Que nada! Neve, frio e vinho! Tá bom pra você? Apesar de ter carnaval em Veneza, Viareggio e outras cidadezinhas, resolvemos fugir da folia (que é beeeem diferente da do Brasil) e fomos para Aosta, capital da região do Vale d'Aosta. É uma cidade grandinha, com aproximadamente 35.000 habitantes e repleta de ruínas muito bem conservadas. Fiquei impressionada, pois não esperava muito. É ótimo se surpreender, não é?

Chegamos no sábado pela manhã, deixamos as coisas no hotel e seguimos para a montanha, pois o objetivo da viagem era esquiar. Nosso hotel ficava a 1 km da funivia que vai para Pila, uma estação de esqui que fica a mais de 2.000 metros de altitude e tem uma estrutura excelente pra quem gosta dos esportes na neve. 

O bondinho que nos leva até Pila demora 18 minutos pra subir. Muito tranquilo. Lá em cima existem várias opções de lazer: esqui, snowboard, fun park para as crianças, restaurantes, bares. Tem até hotel e parquinho tradicional para as crianças. Marido, Duda e Dudu se inscreveram para uma aula de esqui e tivemos que subir mais um pouquinho para alugar o equipamento. Pra isso, é preciso pegar aquelas cadeirinhas que vão alto pra caramba e fazem você pensar: o que eu tô fazendo aqui?!

Marido e Duda na cadeirinha do terror
Como a aula deles seria às 15:00 e ainda eram 13:00 e eles se acham os bambambans do esqui, alugaram antes o equipamento e saíram os 3 para explorar a montanha. Primeiro, achamos um lugar em que grupos imensos de criancinhas estavam indo. Na hora, pareceu uma boa ideia seguí-las, mas quando chegamos na tal montanha...era uma pista sem fim, imensa, super inclinada. Eu acho que deve ter alguma criança perdida por ali até hoje. Não é possível! Voltamos. Aí, eu que já estava em estado de congelamento grau máximo (já não sentia os dedos dos pés!), fui para um bar me aquecer. Toda vez que eu tentava ir ao bar e ficar paradinha, me aquecendo, o telefone tocava. Era Duda congelada, era Dudu congelado, era o instrutor de esqui pedindo pra pegar bastões para o marido (aqueles palitinhos/begalinha que ajuda a esquiar), era marido com fome, era Dudu com fome, era Duda com vontade de ir ao banheiro. Folia total. Não consegui tomar um chocolate quente sem ser chamada. Tá entendendo o motivo pelo qual não faço aulas? Quem vai cuidar do suporte logístico?




Depois da aula (eles se saíram muito bem!), começamos o processo de descida da montanha. Nós e a torcida do flamengo. Muita gente pra pouco bondinho. Um empurra-empurra danado. Um frio de congelar a alma. (-7 graus!). Descemos. Aí, tínhamos 2 opções: ir passear pela cidade ou aproveitar a piscina quentinha do hotel. Adivinha pra onde fomos?



No próprio hotel tinha um restaurante bem bacaninha e acabamos ficando por lá mesmo. Banho, jantar, cama. 

No dia seguinte, fomos conhecer a cidade. Paramos no centro, bem pertinho do Arco d'Augusto, um dos monumentos mais conhecidos do local, construído no ano de 25 a.C. Velhinho, né? E inteiraço!




A cidade é encantadora. Cheia de ruinhas para pedestres. Todas elas, cheias de lojas, restaurantes, cafés. Entre elas, um monte de monumentos que dão um charme especial ao lugar. Além disso, a cidade ainda mantém intactas grandes partes da muralha que a circundava. Lindo demais! A cada esquina, existem placas com direcionamentos e informações sobre as coisas para ver. Simples para se localizar e aprender a história local.





Pai e sogro, essa é pra vocês: vitrine de bebidas 
Começamos pelo Teatro Romano, um anfiteatro que foi construído logo depois da criação da cidade. Ela recebia até 4.000 espectadores. Bem grandinho. Depois, seguimos pela ponte que não lembro o nome, fomos na Igreja de Notre Dame, no Foro Romano que ficava no subterraneo da cidade, passamos pela casa onde nasceu Santo Anselmo, etc.

Teatro Romano



Torre Fromage


Igreja Santa Maria Assunta



Foro Romano




Praça da prefeitura

Casa de Santo Anselmo

Bebedouro congelado

A cidade mistura esportes e história. Com essa combinação dá até pra não ficar triste sem carnaval né não?

5 de fevereiro de 2013

Eu, crítica de cinema!

O último final de semana foi de muito frio por aqui. A preguiça pra sair tomou conta da família e, como no sábado choveu quase o dia todo, decretamos pijama's day. Meus filhos adoram esses dias em casa! Pra dizer que não saímos, à noite, fomos a um restaurante de carnes feitas na grelha. Depois escrevo sobre ele.

Já que o objetivo era ver quem ficava mais tempo embaixo das cobertas, resolvi assistir a alguns filmes que haviam me indicado. Escolhi 3. Gente, a cada filme fui afundando na cama...caraca, só filme pesadão. Maravilhosos, mas pesados pra caramba. tem que estar muito bem para assistí-los ou corre-se o risco de uma síncope. Não tô brincando, não.

Comecei com Sentidos do Amor - Perfect Sense. Conta a história de uma doença que vai acometendo todos os seres humanos que vão perdendo os sentidos um a um. Começa com o olfato. Até aí, beleza. Bate um certo desespero, mas após algumas semanas, o pessoal se adapta. Depois, vem o paladar. Mais um momento de caos e, depois, a adaptação. Quando chega a hora da audição...ai, meu Pai. A perda desse sentido acontece após uma crise de raiva. Imagina todo mundo com raiva?! Coitado do planeta! Após um período de difícil adaptação, algumas pessoas ainda têm a intenção de fazer a vida continuar...aí, vem a perda da visão. F****. Escuro. Só. Muito pesado. Mas, sinceramente, achei o filme ótimo! Mas, precisa ser acompanhado de uma boa barra de chocolate para equilibrar o humor!

Depois, encarei Ensaio Sobre a Cegueira. Gente, que filme! Fernando Meireles mandou muito bem. A Juliane Moore está, simplesmente, perfeita. Conta a história de uma pandemia que acomete quase 100% da população mundial, deixando os infectados cegos. O filme explora como seria as reações do homem diante de uma tragédia como essa. Pesado demais. O ser humano é capaz de tudo, isso tenho certeza. Uma coisa que me chamou a atenção é que, ao invés de enxergar tudo preto, as pessoas infectadas veem tudo branco. Meio que uma luz no fim do túnel sabe? Me deu vontade de ler o livro do Saramago. Talvez nele tenha explicação para algumas questões que ficam em aberto no filme. Por exemplo, a personagem da Juliane Moore não é infectada. Por que não? E a cura? Como acontece? Tá certo que não são questões cruciais, mas  fiquei pensando nisso...

Pra fechar: Precisamos Falar sobre Kevin. O que é isso? Me explica. Conta a estória de um garoto de 15 anos que mata vários colegas da sua escola. Um homic;idio coletivo. Mostra, em flashbacks, a relação do Kevin com a mãe, com o pai, com a irmã mais nova (coitada dessa menina!). Não adianta o que essa mãe faça, o menino desde muito pequeno, a odeia. Tá certo que ela tem lá suas dificuldades com a maternidade, mas...não acho que a culpa seja da mãe. E, apesar de tudo, ela não o abandona...e essa mulher sofre. Sofre muito. Filme muito bem feito, atuação excelente de Tilda Swinton. Dá vontade de entrar na tela e segurar a mão dela. Desespero.

Pois é, tá afim de afundar um pouco no sofá? Assista a qualquer um dos 3 filmes citados acima e divirta-se! 

3 de fevereiro de 2013

Breuil -Cervinia

Antes de ir ao Brasil, resolvemos curtir um pouquinho o período de neve na Itália. Resolvemos ir a Breuil-Cervinia, uma micro cidade no Vale D'aosta, quase na Suíça. 

Na verdade, reservamos um hotel em Valtournenche, uma cidade de uma rua só, cheia de hotéis e restaurantes, a 10 km de Cervinia. Chegamos no sábado, deixamos as coisas no hotel e fomos direto para a montanha. Por sinal, o esquema é muito bacana. Ao lado da funivia, existem vários estacionamentos. Basta achar uma vaga, comprar os bilhetes e subir. Simples assim. É lógico que não sabíamos disso no primeiro dia e paramos num estacionamento no meio da cidade. Tivemos que andar uns 800 metros até chegar a uma escadaria que nos ligaria à funivia. Tranquilo também. Nessa viagem, a família da Cris e do Kléber foram conosco. A Cris entendeu que tínhamos que levar um trenó que ela havia comprado quando morava na Holanda, pois ela achava que as crianças iriam curtir demais na montanha etc e tals. Sobrou foi pro Kléber que passou uns 40 minutos, no estacionamento, num frio de rachar, montando o trenózinho. Além disso, ele foi o responsável por carregar aquele trambolho o dia todo...e, quando chegamos lá em cima, tinham milhares iguais para alugar por 6 euros...

O quebra cabeça

Enquanto esperavam a montagem do trenó, as crianças acharam uma montaninha de neve!
Ah! Quando estávamos na estradinha que vai para Cervinia, vimos uma montanha enorme, triangular. Ué?! Não é a mesma montanha de Zermatt? O Matterhorn? A Duda gritava: o Matterhorn! E não é que era! Só que do outro lado. Aí que fomos perceber aonde estávamos. É tudo muito perto por aqui! Na estrada, entre Valtournenche e Cervínia, tem uma super funivia que vai pra onde? Zermatt! Tudo interligado! Já éramos íntimos da montanha! hahaha Só que do lado italiano, ela se chama Monte Cervinio. 


Então é pra lá que vamos! Subimos nem 10 minutos e desembarcamos na primeira estação. Que lugar bacana. Super estrutura com aluguel de material, escola com instrutores, bares, restaurantes, banheiros com buraco no chão, música! Isso mesmo! Música alta e quando chegamos, sabe o que estava tocando? Bará bará bará Berê berê berê! A música pode não ser das melhores, mas é brasileira! E só isso importa!

Olha o visual enquanto ouvíamos o suprassumo da MPB:


Os maridos contrataram um professor de ski pra eles e as crianças, o Rino. Um senhor italiano que é professor há 40 anos. Com muita paciência e um estoque de chocolate no bolso que ele recompensava o esforço dos pequenos. Uma graça. Eu e Cris ficamos por conta da logística com as crianças. Veste menino, troca roupa de menino, levanta menino que caiu, incentiva menino, ajuda menino a sair da esteira, filma menino, tira foto de menino, alimenta menino, compra água pra menino, separa briga de menino. Só isso!



Todos começaram na montanha baby. Me surpreendi com meus filhos! Rino disse que, no dia seguinte, já podiam ir para a montanha maior. Ai que medo! Mas, os danadinhos pegaram o jeito mesmo! Incrível! Depois de uma hora de aula (pais e filhos) na baby, Rino colaborou com marido e Kléber e os levou para a montanha maior. Eu e cris ficamos brincando com as crianças. Aí, usamos o trenó!











No meio da brincadeira, Dudu começa a gritar que o pé dele estava congelando (tá vendo porque a mãe não pode fazer aula?). Quando fui olhar, tinha entrado neve na bota toda! Muita! Saí correndo com o menino pra loja onde alugamos o equipamento. Tirei a roupa dele que estava ensopada e gelada. Molhou a calça térmica e as meias. Sorte que na lojinha tinha uma calça térmica com pézinho...na verdade, era uma meia-calça, mas se eu falasse isso pro Dudu, ele não iria vestir....a moça colocou as botas numa forma que saí um vento quente muito forte e, em 15 minutos, estavam secas! Vesti o moleque que saiu correndo pra neve de novo!

Enquanto brincávamos com as crianças, eu e Cris vimos o carrinho dos salva vidas sendo ligado e e uma equipe foi para a montanha onde estavam nossos maridos. Me lembro de ter dito à Cris: espero que não seja nada com um dos nossos. Doce ilusão. Depois que voltaram, os maridos contaram o que houve. Guto, há muitos anos, fez uma cirurgia para refazer o ligamento cruzado e teve que colocar um parafuso no joelho. Para esquiar, é preciso saber frear e, para frear, é necessário dobrar as pernas e quase encostar os joelhos deixando os pés afastados. entendeu? As pontas do ski se encontram na frente e atrás devem ficar bem afastadas. Como a montanha era grande, eles tiveram que frear muito. Resultado? O pino do joelho saiu do lugar e marido desmaiou de dor! Só isso. E vocês acham que ele parou com a brincadeira depois disso? Claro que não! Disse que dor só dói e foi para seu novo parque de diversões...o resultado disso foi um joelho mega inchado e 2 infiltrações.

Depois de 4 horas na montanha, descemos para a cidade. As crianças queriam patinar no gelo. Cervinia é bem pequena. Com uma rua principal onde ficam o comércio e os hotéis. Charmosa, cheia de pontes pequenas e bem limpinha. Achamos o tal bar que tinha pista de patinação. Nem preciso falar, se esbaldaram!





Tinham duas mesas ocupadas no bar. A nossa e a outra com uma família de brasileiros que mora na Suiça, mas vem sempre para a Itália, pois é muito mais barato. Jura? Nem tinha percebido. Eles têm uma filhinha de 5 anos que logo ficou amiga da Dudinha.

Depois da patinação e muito glu vine (vinho quente), voltamos para Vatournenche para jantar. Encontramos um restaurante ótimo. Simples, barato, para todos os gostos. Jantar, hotel, banho (por que nós somos limpinhos!) e cama! Todo mundo morto.

No dia seguinte, tudo de novo! Menos a patinação, pois tínhamos que pegar a estrada para voltar pra casa....mas, vocês pensam que Cervinia acabou por aí? Gostamos tanto que voltamos no final de semana seguinte! Mas, aí, é outro post!