27 de junho de 2013

Cruzeiro - Parte 1

Marido sempre teve o sonho de fazer uma viagem de navio. Eu, com o medo absurdo que tenho do mar, sempre adiei esse programa. A sensação de estar cercada de água por todos os lados nunca me agradou. Afinal, até o Titanic que foi feito pra não afundar, afundou. E eu não queria meu momento Jack-Rose. Aliás, nunca entendi o porquê da Rose não ter dividido aquela porta de madeira enorme...enfim, divago.

Voltando ao navio...como não iríamos passar o aniversário de 50 anos do maridão no Brasil, baixei a guarda e topei encarar os mares nunca dantes navegados. Pesquisamos as possibilidades de roteiros e escolhemos uma rota que saia de Veneza, passava por Bari (sul da Itália), seguia para Katakolon (Grécia), ia até Izmir e Istambul (Turquia), parava em Dubrovinik (Croácia) até chegar em Veneza de novo. Sete dias, 6 cidades, 1 dia de navegação, muitas emoções.

Meus pais foram conosco. Eles conseguiram participar de todos os aniversários da família este ano. O meu passei no Brasil. O das crianças adiantado e o do marido no navio! Bom, né?

Saímos de Milão no sábado de manhã cedo. Como éramos 4 adultos, 2 crianças e muitas malas, alugamos um carrinho pequeno para meus pais e seguimos em "carreata" até Veneza. Lá, devolvemos o carro deles e deixamos o nosso num estacionamento no porto mesmo. Esquema tranquilo. Ao chegar, deixamos as malas que seriam despachadas e colocadas diretamente em nossa cabine e seguimos para o check in. Todo mundo que entrava, tirava uma foto no timão do capitão. Todo mundo. Eles fazem tudo pra ganhar dinheiro. É uma Disney em alto mar. Muita diversão e tudo, absolutamente tudo, está a venda. Incrível! Acho que se você quiser comprar o capitão, eles vendem...

Nosso pacote incluia consumo de comida ilimitado e bebidas a parte. Acesso a todos os ambientes do navio (são várias piscinas, restaurantes, lojas, bares, cassino etc). Só que a comida era disponibilizada em horários e locais pré-determinados. Se quiser algo diferente, paga. Simples assim. Fotógrafos tem aos quilos no navio. Eles te laçam e fazem fotos lindas. Aí, te encaminham para o local de fotos, você se encanta com as fotos tiradas de seus filhotes e resolve comprar. Aí, você é assaltado. 19,90 euros por uma foto? Credo cruz!

Mas, o esquema é bacana. A possibilidade de conhecer vários lugares e sem carregar a mala é fantástico. Além disso, o navio é confortável (apesar do quarto pequeno), a comida boa e a tripulação muito simpática. Não que simpatia seja sinônimo de eficiência, mas...são extremamente simpáticos. Estilo Disney mesmo.

Embarcamos por volta das 13 horas. Deixamos as malas de mão nas cabines e fomos para o 14o. andar conhecer as instalações. Lá ficam as piscinas, quadra de esportes e um mega restaurante, buffet, que serve comida 24 horas/7 dias. Não fecha. No primeiro dia já descobrimos que para comer ali, no Digão* - apelido dado carinhosamente por nós -, era preciso enfiar os dedos nos olhos dos velhinhos, pisar no pé dos mais novos e empurrar as criancinhas. Sem essa estratégia de guerra, no way. 









Após essa conscientização, conseguimos uma mesa e almoçamos. Às 15:00, todo mundo foi convocado para participar do treinamento de segurança. Fomos às cabines, pegamos nossos salva-vidas e fomos para nossa área de segurança. A nossa era a C, de cassino. Lá, como no avião, ensinaram como vestir o colete e como gritar em caso de pânico. Brincadeira. Eles ensinam o que fazer, explicam que existem - diferentemente do Titanic - botes para todos etc. Fiquei mais tranquila com as explicações. Ah! O treinamento é obrigatório. O rapaz que passava os cartões dos participantes, não registrou a Duda e o Dudu e, no dia seguinte, eles receberam uma carta do comandante dizendo que poderiam ser até expulsos do navio. Imagina?! Eu e o marido no treinamento e deixamos nossos filhos de 7 anos na cabine! Que sentido tem isso? Liguei na hora na recepção e resolveram o "engano".

Depois do treinamento, éramos livres para voar ou nadar ou sei lá. Fomos para a piscina ver a partida. Emocionante. Vimos Veneza inteirinha e foi a melhor visão que já tive da cidade. A viagem já tinha valido a pena!







Lindo, né? 

O jantar acontece em 2 restaurantes e eles separam a galera em 2 turnos. Mesmo tendo solicitado antecipadamente para ficarmos junto com meus pais e no primeiro turno, nos colocaram em restaurantes diferentes, meus pais no primeiro turno e nós no 2o. Zona! Tivemos que pedir pra trocar tudo. O primeiro turno tem suas vantagens e desvantagens, como tudo na vida. Como temos crianças, o segundo turno - que começa às 21:15 - é muito tarde. O primeiro é muito cedo, a partir das 19:00 e às 20:45 todos tem que sair do restaurante para dar tempo aos garçons de arrumar tudo pra turma que vem depois. Mas, deu certo. No jantar, cada familia tem sua própria mesa e garçons que serão os mesmos durante toda a viagem. Pegamos um garçon-figura que adorou a Duda e dava vários presentes feitos de guardanapos pra ela. Todo dia tinha ratinho, flor, vela na nossa mesa. Ele é indiano e pensa que fala português. Pedíamos as coisas e ele trocava tudo. Uma loucura, mas nos ganhou pela simpatia.





Depois do primeiro jantar, vimos uma super aglomeração no balcão das excursões. Fomos até lá ver as opções. Meus pais se resolveram rápido e fecharam as excursões para todos os dias. Eu fechei o city tour em Bari com eles, pois marido estava mega cansado e queria curtir a piscina do navio e é claro que as crianças preferiram ficar com ele! Além disso, fechamos um passeio em Izmir e um em Istambul. Só. Aqui fica uma super dica. Em todos os portos, é só sair do navio que existem milhares de taxis. TODOS fazem os mesmo passeios que as excursões vendidas a bordo e o preço é infinitamente menor. Só para ter uma ideia, em Dubrovinik, a excursão para a praia era 55 euros para adultos e 39 para crianças. Incluía o transfer, cama e guarda sol na praia e um almoço. Nós pegamos um taxi, fomos ao centro histórico, rodamos tudo, fomos à praia, almoçamos e voltamos ao navio por 63 euros. Para nós 4! Diferença enorme, né? E não tem aquele negócio de seguir grupo, não poder escolher o restaurante (o que em Istambul foi um problema...) e ainda participar de atividades inúteis, como um desfile de casacos de couro a que fomos submetidos em Istambul. Uma sensação de perda de tempo....a desvantagem é não ter uma guia explicando tudo, mas isso é facilmente compensado com um mapa e um livrinho sobre o local a ser visitado. Excursão, tô fora. As que fizemos foram legais, mas serviram para confirmar que eu e marido não gostamos desse esquema. Cada um no seu quadrado, né não?

Depois desse primeiro-meio dia de navio, só nos restava ir dormir. Dia seguinte, foi dia de aniversário do marido e Bari. Aguardem!

26 de junho de 2013

Cinque Terre totalmente diferente

Meus pais queriam muito conhecer Cinque Terre depois de terem lido este post aqui. Marido estava no Brasil e fomos eu, as crianças e meus pais. Reservamos o hotel em La Spezia como na outra vez e saímos de Milão no sábado de manhã. A estrada é um tapete, tranquila e segura. 

Como a ideia era ver as cidadezinhas sob uma ótica diferente, resolvemos fazer o passeio todo de barco. Chegamos ao hotel por volta das 11 da manhã. Deixamos as coisas e fomos para  o ponto de partida dos barcos que era pertinho de onde estávamos. Aliás, foi ótima a troca do hotel. Na primeira vez, ficamos num hotel distante do centro, numa zona bem portuária, escura e sem muitas opções de restaurante. Dessa vez, ficamos na rua em frente à baia que tem um calçadão super agradável e jardins bem cuidados. Só o cheirinho de peixe que é constante e não muito agradável, mas facilmente esquecido quando o passeio começa. Saem barcos a cada meia hora e o preço é mais alto do que o trem (18 euros para adultos e 13 para crianças). 

A primeira parada era uma cidade que não faz parte das Cinque Terre, mas é vizinha de La Spezia e das outras cidadezinhas: Porto Venere. Aliás, acho que essa cidade também deve ser uma excelente opção para fazer como "base" para o passeio. Eu amei o local. Vista linda demais. 

Chegamos e estava um vento absurdo. Sabe onde o vento faz a curva? Não? Eu sei, é em Porto Venere!

Descemos do barco e demos de cara com uma cidadezinha cheia de restaurantes e lojinhas. Com uma "praia" de pedras gigantes e, no final, uma muralha com a Igreja de São Pedro e um museu arqueológico.

Batendo um papo cabeça no barco


Vista de Porto Venere


Praia (?)
Subida para a Igreja e Museu Arqueológico
Andamos aquilo tudo e o que mais gostei foi da vista lá de cima do museu. Tem uma portinha, escrito Grota Byron em cima. Você não dá nada por ela, mas quando passa pela portinha....ai! Que vista. De tirar o fôlego! 

Grotta Byron (Vista exterior)
Foto retiada do site Trivago.pt
Almoçamos em Porto Venere. Escolhemos, escolhemos e caímos num restaurante super enrolado. Como tínhamos a hora do barco, almoçamos correndo demais. Uma pena...

Chegamos na hora do barco sair. Mais uns minutos e descemos em Riomaggiore. Essa é a cidade que tem a Via dell'Amore. Fiz a maior propaganda dela para meus pais, pois foi a cidade que eu e marido mais gostamos da outra vez, mas foi frustrante, pois a via está fechada desde setembro e nós não sabíamos. Tiveram uns deslizamentos por lá e não tem data de reabertura. Pena.

A saída do barco é para os fortes.
Uma subida respeitável no meio das pedras

Praia super confortáel em Riomaggiore (?)
Via dell'amore fechada

Centrinho


A ideia era atravessar a Via do Amor e pegar o barco na próxima parada, Manarola, mas não foi possível. Assim, decidimos pular Manarola e seguir direto para Vernazza tendo em vista que o barco não para em Corniglia (a cidade no alto da montanha). Eu, decididamente, não vou conhecer Manarola. Sempre acontece alguma coisa. Da outra vez, chegamos pertinho, mas não conseguimos rodar por dentro da cidade. Dessa vez, foi por total falta de tempo. O passeio de barco tem menos horários disponíveis e a travessia entre algumas cidades, que de trem dura alguns minutinhos, demoram - no mínimo - meia hora.

Fomos para Vernazza, pois da última vez, as crianças amaram brincar nas ondas que quebravam na pracinha da cidade. Se frustraram também, pois a maré estava baixa. E eles esperaram a tal onda gigante. E esperaram. E eu expliquei que não teria aquele dia. E meu pai explicou. E eles esperaram. Até que o barco saiu e eles achavam que ia dar onda, mas....fizeram ahhhhhh em conjunto. Que dó! Mas não desperdiçamos o passeio. A cidade já está toda reconstruída e aproveitamos para fazer um lanchinho com focaccia e cerveja para os grandes!

Corniglia lá no alto
Chegada em Vernazza

A cidade já toda reconstruída
Monterosso também foi deixada pra trás. Se fôssemos até lá, não teríamos barco para voltar. Ainda demoramos 2 horas para chegar a La Spezia. Achei lindo o passeio de barco. Até golfinho pulando nós vimos, mas em termos de praticidade, o trem dá de mil! Fica a dica!

Chegamos em La Spezia e ninguém tinha forças para passear. Fomos para o hotel e jantamos por lá mesmo. Meus pais ainda estavam sob efeito do jet lag e as crianças queriam sombra e água fresca.

Voltamos para Milão no domingo cedo para esperar marido que iria chegar do Brasil. Casa agitada, não?

Dia de Festa!

Tô sumida pra caramba! Já recebi reclamação por e-mail, facebook e telefone. É que aconteceram tantas coisas nesse mês de junho que eu, sinceramente, não sei onde ele foi parar...cadê os 30 dias que eu tinha direito? Já passaram. 

Minha vida ficou de pernas por ar a partir do dia em que Marido avisou que iria passar uma semana a trabalho no Brasil. Foi um corre-corre danado para arrumar as coisas pra ele levar, pois a viagem foi confirmada poucos dias antes. Marido viajou numa sexta-feira à noite e no sábado, levei as crianças ao Gardaland. Passamos o dia no parque que, por sinal, estava ótimo, e voltamos para dormir em Milão. No domingo, ficamos em casa, pois eu queria arrumar tudo para os meus pais que chegariam na quinta-feira seguinte. Além disso, as crianças resolveram comemorar o aniversário antecipadamente para aproveitar os coleguinhas da escola que ainda estavam por aqui. E, enquanto arrumava mala do marido, casa para receber meus pais, eu organizava a festa dos pequenos. E, para quem me acompanha por aqui, sabe que essa não é uma tarefa fácil! Ah! Já ia esquecendo, com o aniversário do marido chegando, resolvi fazer um vídeo com depoimentos dos amigos e familiares de presente. Isso significou quase 200 e-mails e mensagens trocadas com, mais ou menos, 40 pessoas. Tá bom ou quer mais? Tem mais. Com o final do ano letivo das crianças, a escola resolveu acabar com qualquer tempo livre dos pais e mães de alunos. Foi tanta reunião, apresentação, canto e dança que já valeu por uns 5 anos. Teve semana em que fui para a escola todos os dias! Some a tudo isso, cozinhar, arrumar a casa, organizar e realizar 2 viagens, levar menino pra tudo quanto é festa e atividade possível. Pronto. Esse foi meu mês de junho! E foi ótimo! 

O post de hoje vai ser sobre a FESTA. Vamos lá?

Como na festa do ano passado só haviam 12 amiguinhos (todo mundo viaja nas férias de verão por aqui), resolvemos antecipar o aniversário da Duda e do Marcello. Como meus pais chegariam dia 06/06, escolhemos o dia 12 para a festa, pois assim eles estariam por aqui, marido já teria voltado do Brasil e a criançada ainda estava em aula. Escolhemos o mesmo local do ano passado, pois em time que está ganhando, não se mexe. O grande problema foi o inverno prolongado que tivemos por aqui este ano. Sério, até a primeira semana de junho, só choveu e fez frio. Muito frio. Várias festas da escola foram canceladas ou adiadas por causa do tempo chuvoso. Mas, para os italianos que servem batata frita e pipoca de pacote fica fácil mudar o dia da festa. A nossa, com salgadinho, docinhos e decoração é mais complicada. E eu rezei. Rezei muito. Pra Santa Clara, São Pedro, Santo Antônio e São Pancrácio! Acho que até São Longuinho, que não tem nada a ver com chuva, recebeu prece minha. E funcionou. O dia estava lindo.

Duda escolheu o tema cupcake e Dudu, Super Mario bros. E adivinha? Não tinha quase nada pelas lojas de festa em Milão. Fui a umas 6. Nada. Aí, apelei pra turma do Brasil. Eu e minha irmã sempre fizemos altas festas para minhas sobrinhas. Minha irmã é a cabeça da dupla, pois é extremamente criativa, e eu sou as mãos, pois sempre realizei as coisas mais malucas que ela inventava. Cortei muita orelha de Minnie e de coelhinho nesta vida. Vocês não imaginam o quanto! Este ano, foi meu troco. Pus ela e minhas sobrinhas doidas por lá. Elas foram em mil lojas de coisas de festa, compraram tudo e montaram tudo pra mim. Meu trabalho por aqui foi montar as sacolinhas, distribuir os convites, resolver a comida, bebida, fazer os doces, encomendar os balões e decorar no dia. Foi uma festa ítalo-brasileira., pois seria impossível fazer do jeito que fazemos no Brasil. No parque onde fizemos a festinha, eu só tinha direito a 6 mesas e 2 toldos. Só. Pouco espaço pra decorar, mas muito espaço para brincar. Neste parque, é possível fazer até 8 festas ao mesmo tempo. Cada uma no seu toldinho e, além disso, o parque continua aberto ao público. Demos muita sorte, pois no dia 12 só tinha a nossa festa a partir das 16 e outra que começou beeem mais tarde. Parque exclusivo! Vou te dizer uma coisa: a italianada ficou doida com o pouquinho de decoração que fizemos, com as coxinhas e os docinhos. Ah! E servimos as bebidas geladas. Porque isso seria um diferencial? Talvez, pra você, caro leitor, pode não significar muita coisa, mas pra quem conhece festa italiana em dia quente, sabe o porquê disso ser tão importante pra mim!













Mas, o mais importante foi que meus filhotes amaram! Amaram tudo! O bolo, os doces, o parque. Foram 39 amiguinhos! Sucesso! E a festa que começou às 16h, terminou quase às 22h! E, não foram só os brasileiros que ficaram até o final, não. Duas italianas ficaram até quase o final. Na verdade, quando deu oito horas, nós recomeçamos a festa. Tirei os salgadinhs que eu já tinha guardado, compramos água e cerveja no bar e ficamos por lá. Crianças briancando e adultos comendo e bebendo. Delícia!

O parabéns foi ótimo. Cantamos 6 vezes. Três vezes pra Duda. Aí, fiz todo mundo ir pra outra mesa e cantamos mais 3 vezes para o Dudu. Em inglês, italiano e português. Lindo e inesquecível!












Aproveitamos os últimos convidados, todos brasileiros, e cada um ajudou carregando uma caixa ou sacola pro carro. Chegando em casa, meus filhos estavam agitados por causa da festa. Tomaram banho, brincaram bem pouquinho com os brinquedos novos e cama. No dia seguinte, escola. Por que por aqui, dia de festa é dia de semana! Diferenças culturais, a gente vê por aqui!



O que deu errado:

1. A saga dos balões. Minha irmã me mandou um saco de balões rosa com bolinhas marrons para decorar o lado de cupcake. A ideia era enchê-los com gás hélio. Além disso, resolvi encomendar umas guirlandas na mesma loja de balões do ano passado. Olhei no site e o horário de abertura era às 09:00. Cheguei lá 5 minutos antes. E esperei, esperei, esperei. Às 09:20, liguei para o número de telefone que estava colado na porta. Nada. Quando já estava no carro, quase saindo, toca meu telefone. O dono da loja, dizendo que dormiu demais, mas que chegava em 10 minutos. Esperei. 09:40 chegam os donos. Marco e a esposa. Simpáticos. Fiz minha encomenda, abri o saco dos balões que vieram do Brasil, eles falaram muito mal do cheiro dos nossos balões. Muito mesmo. Até fiquei envergonhada. Mas, convenci os 2 que eles não morreriam se enchessem 10 balões feitos de petróleo. E tirei os brasileiros da forca quando li, em voz alta, que os balões eram produzidos na argentina! hahahaha Los hermanos...tsc tsc. Depois de meia hora explicando o que queria, Marco me pergunta: pra que dia você quer? Respondi 12. E ele bem tranquilo: "mas, dia 12 eu e a fulana estaremos em Fomentera, na Espanha. Uma semana. A loja vai fechar". ÃHHH? Isso mesmo. Como aqui os negócios são beeem familiares, quando a família viaja, fecha. Simples. Capitalismo? Pra que? Vamos pra praia! Depois de muita conversa e muita cara de sofrimento, Marco ligou para um primo que topou fazer o serviço. Ufa!

2. A saga dos balões. O primo foi entregar os balões no parque. Quando ele entrou com os balões a gás, o funcionário do parque veio falar comigo que, naquele dia, eram proibidos balões a gás no parque. Motivo? Uma corrida de cavalos no hipódromo que fica coladinho ao parque. Se um balão voar, pode assustar o cavalo e aí o parque paga uma multa de 3.000 euros. Depois de muita, mas muita negociação, o homem deixou os balões fedidos entrarem e eu dei a minha palavra de que nenhuma criança iria pegar nos balões. Pense em uma criatura nervosa durante a festa. Tive que explicar a estória dos cavalos umas 839 vezes! E um balão voou...e o homem do parque não viu...ufa!

3. A saga dos bolos e salgados. Encomendei os bolos e salgados com duas brasileiras. Marquei a entrega para às 15:00. Elas chegaram às 17:00. Pontualidade brasileira! Mas, festa sem coxinha? Impossível. Ano que vem digo que a festa será às 14 e dará tudo certo!

O que deu certo:

1. TUDO!