16 de fevereiro de 2015

A Última Viagem

Que título estranho, né? Vamos esclarecer: é a última viagem di nostra vitta italiana. Pois é, acabou. Empacotamos a vida e a colocamos num container. O que não coube, foi colocado em 4 malas grandes, 8 médias e 4 pequenas. Mas, ao invés de virmos direto para o Brasil, resolvemos fazer um passeio de despedida. Destino? Vários! Começamos por Paris, pois em 3 anos na Europa, não havíamos ido (eu e marido já conhecíamos e deixávamos sempre pra depois) e Duda queria muito ver a Torre Eiffel. De lá, seguimos para Brugge, na Bélgica. As próximas paradas foram Bruxelas e  Berlim (minha nova paixão na Terra!). A última cidade foi Budapeste, um encanto de lugar.


E então, vamos viajar?

PARIS, baby

Ah! Paris! Cidade Luz, romântica e blá blá blá. Eu sei, eu sei, ela é tudo isso e muito mais, mas, as coisas não saíram como planejado no País do croissant...explico: planejamos 4 dias em Paris. Reservamos um hotel perto da Torre para facilitar o deslocamento e optamos por um apart hotel que tinha quarto, sala e cozinha completa. Tudo certo. Chegamos, deixamos nossas coisas no hotel e fomos passear. Andar e se perder pelas ruas de Paris é um programa maravilhoso. Andamos na região do hotel que era super bem localizado e tinha tudo por perto: supermercado, restaurante, padaria etc.. Depois, resolvemos ir até a torre de Montparnasse. Parecia perto, mas...andamos, andamos, andamos e nada da tal torre chegar. E começou a escurecer e começou a esfriar. Vamos para pra tomar um café? Vamos! Vamos andar e tentar chegar na torre? Vamos! E andamos, andamos, andamos e nada. Começou a chover. Entramos novamente em um café. Dessa vez, ficamos por lá mesmo. Chega de andar e não chegar a lugar algum. Tomamos um vinho, as crianças comeram e resolvemos voltar para o hotel. No dia seguinte, iríamos cedinho à Torre. Porém, de madrugada, Marcello acordou passando mal. Vomitando e com uma febrinha. Tadinho. Ficou muito molinho. Como ele passou mal na cama, marido foi até a recepção às 2 da manhã tentar pegar um lençol novo. Nada. Aliás, tudo muito difícil nesse hotel. De manhã, Marcello não tinha condições de sair. Tudo bem. Ainda tínhamos 3 dias e ainda poderíamos fazer toda a programação previamente planejada. Fui ao Carrefour e comprei frango, arroz, batatas. Fiz um almoço no quarto e até que ele se alimentou bem. De tarde, já estava melhor, mas achamos melhor ele descansar. No dia seguinte, ele acordou super bem! Eba! Paris, aí vamos nós!


 

Fomos para a tão aguardada Torre Eiffel. Chegamos antes das 9 da manhã e já tinha uma fila pequena (tentei reservar o ingresso pela internet por vários dias e não consegui). Ficamos ali até abrir a bilheteria. O frio era muito grande, pois era um vento encanado embaixo daquela torre que só Deus na causa! Além do vento, tinham umas pessoas estranhas querendo fazer entrevistas com os turistas. Dica pra quem vai pra lá: Não façam! Eles vêm com as pranchetas e enquanto você responde às perguntas, eles pegam sua carteira. Vimos um cara fazendo isso na nossa frente. Sorte que o turista percebeu. Tá cheio de placas avisando sobre os pick pockets naquela região.

Subimos direto para o topo. É uma área fechada, arredondada em que tem várias informações como a distância de Paris para diversas cidades do mundo. Além disso, tem os monumentos da cidade que podem ser vistos lá de cima. Tem um restaurante panorâmico nesta parte que é preciso fazer reserva antecipada para entrar e deixar um rim para sair. E, quem quiser passar frio, pode ir lá fora. Nós fomos, passamos frio e entramos. Muuuito frio. Aí, pegamos o elevador e descemos para a parte média da Torre (acho que segundo andar). Passeamos muito por ali. Tem um bar, lojinha, banheiros. Tudo lotado.


 
Depois de quase 2 horas lá em cima, resolvemos descer. A fila? Gigantesca! Marido e Duda resolveram ir de escadas, mas quando chegaram lá embaixo, ele viu que os tickets do elevador estavam no bolso dele! Resultado: Subiu tudo de novo e com a Duda no colo. O pulmão ficou em algum lugar entre o 245º e o 325º degrau. Descemos os 4 de elevador e não, não precisa do ticket para descer.

Saímos da torre e fomos ao Trocadero para tirar mais fotos. Dizem por aí, que é do Trocadero que se tiram as melhores fotos da torre. Nós adoramos, mas prepare-se, tem muuuito vendedor ambulante. Parece praia do nordeste no verão!

 

De lá, fomos andando até a Champs Elysees. Ah! Que rua mais linda! Amo aquelas calçadas largas! Fomos direto para o Arco do Triunfo pra tirar foto com o nome do parente. Sim! Temos parentes por lá! Hahaha Minha família, por parte de mãe, é Watrin. E na parte de baixo do Arco, além do túmulo em homenagem ao soldado desconhecido, tem vários nomes gravados nas paredes. São nomes de oficiais franceses que lutaram com Napoleão, já que esse monumento foi construído para enaltecer as suas vitórias.
 
Saímos de lá e fomos passar a tarde no Louvre. Um fato: é impossível, com duas crianças, em uma tarde, ver pelo menos 1/10 do museu. Mas, vale a experiência. O Louvre é, simplesmente, grandioso!  Focamos nas partes do Egito (sabíamos que as crianças iriam gostar), a La Gioconda ou, para os íntimos, Mona Lisa, Vênus de Milo (você sabia que ela tem autor desconhecido? Eu não! Aprendi lá!) e outros quadros mais famosos. Só. Foram quase 3 horas. As crianças adoraram! Mas, cansaram. Muito. É muito cheio e se anda muito por lá. E Marcello estava se recuperando da virose...
 










Saímos, tiramos as fotos mega tradicionais na pirâmide e seguimos pelo jardim que tem bem na frente do museu. No final do jardim tinha uma roda gigante e algumas barraquinhas vendendo crepes e gluvine. Eu e Duda devoramos um crepe de chocolate. Delícia! Seguindo em direção à Champs Elysees, encontramos uma feira de Natal enorme. Lindinha demais! Cheinha de barraquinhas com restaurantes, lojinhas, até pista de patinação tinha. As crianças queriam patinar, mas estava muito frio e achamos melhor voltarmos no outro dia, pois Marcello ainda estava em recuperação. Passamos no supermercado e voltamos para o hotel. Fiz uma pasta pra Duda e Marcello repetiu o arroz, frango e purê. Cama!
De madrugada, a surpresa: Duda vomitando! Muito! Ai meus Sais. Tudo de novo. Tira lençol, implora para o homem da recepção trocar, limpa chão, limpa criança, dá Gatorade, lava pijama. Sem fim. Depois que Dudinha dormiu, resolvemos não sair pela manhã.
Acordamos e ficamos vendo TV... em Paris...ninguém merece! Eu ia até a janela e dava adeus pra cidade. À tarde, a Duda começou a melhorar e cogitamos ir até a feirinha de Natal. Pra quê? EU comecei a passar mal! O vírus foi pulando pela família toda! Só quem não pegou foi o marido. Ficou lá, firme e forte, cozinhando pra todo mundo!
No dia seguinte, acordei melhor, mas já era hora de partir...arrumamos a mala e fomos pra estação pegar o trem pra Brugge. Notre Dame? Não vimos. Sacre Couer? Nem passamos perto...e tantos outros lugares que planejamos ir...mas é a vida e Paris tá lá pra voltarmos um dia!  O bom é que o vírus era parisiense e se recusou a ir pra Bélgica conosco. Ficamos todos bem.
No próximo post, Brugge.
 

 

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