19 de fevereiro de 2015

Um lugar que eu moraria? Berlim!!

Chegamos em Berlim bem tarde. Pegamos um taxi e fomos direto para o hotel. Chegando lá... surpresa! O booking errou nossa reserva e nos colocou num quarto para 3 pessoas e eles não tinham quartos maiores disponíveis. Mas, como onde dormem 3, dormem 4 (mesmo que mal!), nos ajeitamos por ali mesmo. Criançada e marido dormiam amaçarocados na caminha de casal (não era grande) e eu na caminha extra. Três noites assim. Mas, estávamos em Berlim, nada iria estragar nosso passeio.

Depois de nos alojar, saímos pra jantar. Por sinal, nosso hotel era muito bem localizado. Ficava a apenas 2 quarteirões do Checkpoint Charlie, um posto militar americano que ficava entre as Alemanhas ocidental e oriental. O posto tá lá, de pé, e durante todo o dia é possível tirar fotos com falsos soldados por absurdos 5 euros! Ainda é possível carimbar o passaporte, mas isso também é pago. Meio Disney o negócio. Você brinca e depois cai numa lojinha! Além do posto, tem um museu muito interessante ao lado. Depois falo sobre ele.
Bom, beeem em frente ao Museu do Checkpoint tinha um restaurante italiano. Não pensamos 2 vezes. Pasta, cotoleta e cerveja alemã! Estávamos em casa! hahahaha

 


 
No dia seguinte, acordamos cedinho, pois iríamos fazer o City Tour. Tem um ponto em frente ao Museu do Checkpoint. Compramos 2 dias de city tour (paga 1 e leva 2) e valeu muito. Como já falei algumas vezes, é a melhor opção para conhecer cidades grandes com crianças.
 
 
Nossa primeira parada foi em East Side Gallery. Após a derrubada do muro de Berlim, em 1989, artistas do mundo todo foram chamados pra pintar os 1,3 km do muro que ficou de pé, transformando-o em um museu a céu aberto. As imagens expressam, das mais diversas formas, desejos e aspirações de liberdade, paz e igualdade. Lembranças da época difícil, de medo e tensão foram pintadas. Essa parte do muro fica bem perto do rio Spree, onde é possível fazer um passeio de barco. Muito linda a paisagem.
 




 

Do outro lado da rua tem um estádio e bem em frente tem uma escultura de ursinho do Romero Britto. Bem legal. #orgulhodeserbrasileiro

Pegamos nosso ônibus e seguimos até o Portão de Brandemburgo, cartão postal da cidade. Este monumento foi símbolo da Alemanha dividida e foi a única porta de Berlim que restou. Bem ao lado, encontra-se o Monumento aos Judeus Mortos. São 2.711 blocos alinhados de forma irregular. Dizem que o monumento foi desenhado dessa maneira para produzir intranquilidade, confusão. E provoca isso mesmo. A sensação não é das melhores. Percorremos alguns corredores e, à medida em que você vai andando em direção ao meio, as pedras vão ficando mais altas e parece que você ficará sufocado. Estranho. Como estava muito frio, o ambiente fica mais fúnebre ainda.



 
Por baixo do Monumento, existe um museu subterrâneo. O acesso é gratuito e é possível ter acesso a muitas informações e documentos sobre a perseguição e o extermínio dos judeus. Ficamos na fila por uns 15 minutos, pois são liberados grupos de 10 a 15 pessoas a cada 5 minutos. A atendente que estava na porta disse que não era aconselhável para as crianças, pois tinham fotos muito pesadas, mas nós não tínhamos opção. Ou não entrávamos ou íamos com eles. Preferi prepará-los para o que viria. Expliquei que eu iria olhar as coisas primeiro e diria a eles o que poderia ser lido e visto. Funcionou bem, mas a parte das cartas encontradas é realmente muito para uma criança. Marcello cansou rápido. Maria Eduarda é mais curiosa e queria ler as mensagens, ouvir os vídeos. O museu é muito bem feito e deixa um pergunta no ar: pra que isso? Não existe resposta pra tanta prepotência, violência e descaso com a vida humana...
É possível passar horas ali dentro, mas ficamos apenas uns 45 minutos. Saímos e fomos almoçar bem em frente ao monumento. Restaurante delícia. Salsichas, batatas e cerveja! Perfeito.

Seguimos para o Reichtag, o parlamento alemão. O edifício, maravilhoso por sinal, foi restaurado em 1999. A parte externa foi conservada, mas a parte interna foi inteiramente reformada. É possível visitá-lo por dentro e ir até o alto da cúpula. Tentamos comprar os bilhetes com antecedência, mas não estavam mais disponíveis. A fila para comprar os tickets era gigantesca e acabamos deixando para o outro dia. Mas, não conseguimos, pois nos outros dias, o caos se repetia. Uma pena. Deve ser lindo por dentro. Motivo pra voltar no. 3.487!
 
Voltamos para o Portão de Brandemburgo para pegar nosso amigo ônibus. Aí, demos um passeio gigantesco dentro do ônibus até chegarmos no Palácio de Charlottenburg. Descemos nesta parada no segundo dia. É um bairro sofisticado e cheio de opções de lazer como teatros, museus e restaurantes. Além disso, tem o palácio e vários jardins, pontos ótimos para fotos!
Resolvemos descer em numa rua super famosa por lá, chamada Kurfurstendamm. Fácil, né? O apelido é melhor: Kudamm. É uma rua charmosa, cheinha de lojas. O ponto alto é a Kadewe, uma loja gigante tal como a Harrods de Londres ou as Galerias Lafayettes de Paris. Deixamos pra conhecer a loja no segundo dia de passeio, mas estava fechada. Era um domingo e não sabíamos que não abria neste dia...pena...
 
 

Pegamos o ônibus e seguimos até a Potsdamer Platz. É uma praça que foi o antigo centro da cidade. Ela foi quase que completamente destruída durante a guerra e passou mais de 40 anos num sono de Bela Adormecida, como terreno baldio da cidade entre Leste e Oeste. Após a reunificação, surgiu a oportunidade de se construir um novo centro urbano e voi la. A praça é fantástica. Um prédio que chama a atenção é o Sony Center, super modernoso, com cinemas e restaurantes em sua praça central. Ali, fica também um parquinho do Lego para as crianças.



Estava tendo uma feira de Natal na Potsdamer e aproveitamos para passear um pouco. As crianças escorregaram numa pista de gelo e aproveitamos para ver as diversas barraquinhas com produtos alemães. Adoramos!
 
Saímos de lá e fomos para nosso ponto inicial: o Museu do Checkpoint Charlie. Antes de jantar, ainda entramos nele para conhecer. O museu é fantástico e pode-se passar horas lá dentro. Ficamos pouco, pois já estávamos cansados e com fome. Mas, aproveitamos para conhecer um pouco mais sobre a Alemanha dividida. A história dessa cidade impressiona. Numa noite, as pessoas foram dormir e, quando acordaram, não tinham mais liberdade para ir e vir. As linhas de trem foram interrompidas e uma cerca impedia as pessoas de fazerem coisas simples como ir trabalhar. Da noite para o dia, pessoas perderam empregos e deixaram de falar/ver seus familiares. Coisa de doido! No museu, são retratadas diversas formas de fuga utilizadas pelos cidadãos. Gente contorcida em motor de fusca, buracos feitos no muro. Gente bem sucedida e gente que morreu...tem de tudo.
 
Saímos de lá e fomos comer no mesmo restaurante italiano da noite anterior. Mexer em time que tá ganhando, pra que?!
No dia seguinte, pegamos o ônibus e descemos em Alexanderplatz. É uma das mais conhecidas e, provavelmente, uma das maiores praças de Berlim. Ela foi muito destruída durante a segunda guerra e começou a ser restaurada na década de 60, ganhando novos prédios e construções. Lá, além de diversas lojas e um shopping, fica a famosa Torre de TV com seus 368 metros de altura, sendo uma das construções mais altas da Europa. Nós subimos e adoramos a vista 360 graus da cidade. Valeu muito o passeio!
 
 

Saímos de lá e fomos no AquaDom e Sea Life. São duas atrações (ficam em prédios diferentes), mas coladinhas uma na outra. O Sea Life é um aquário bem bonitinho. As crianças adoraram! No final, basta atravessar um pátio para chegar ao AquaDom. Na verdade, foi a parte que mais gostamos do passeio. É um aquário cilíndrico, vertical, com 25 metros de altura. No meio, tem um elevador. Enquanto o elevador sobe, uma guia vai explicando os peixinhos que estamos vendo. É bem diferente. Só não é possível comprar ingresso só para o AquaDom. É necessário comprar o combinado com o Sea Life.


AquaDom & Sea Life em Berlim
Foto AquaDom retirada do site Simplesmente Berlim

 

Saímos de lá e fomos passear pela Unter den Linden, uma das avenidas mais famosas de Berlim. Ela vai dar lá no Portão de Brandenburgo e possui diversas atrações. Vimos a Ópera de Berlim, a Universidade Humboldt etc..Chegamos na Ilha dos Museus que fica bem ao lado da Catedral de Berlim. Maravilhosa e gigantesca!
 
A ilha possui 5 museus: Antigo, Novo, Pergamon, Galeria Nacional Antiga e Bode.  Infelizmente, não entramos em nenhum...eu queria demais entrar no Pergamon que é o mais visitado da cidade, mas não tínhamos tempo para isso (Berlim merece, pelo menos, uns 7 dias!). Apenas passamos por todos eles. No finalzinho da ilha, tinha uma feirinha e aproveitamos para comer um hot dog maravilhoso, caríssimo e delicioso!

 
Seguimos para a Bebelplatz que foi a praça onde os nazistas queimaram livros em 1933. No chão da praça tem uma placa de vidro em que se pode ver uma sala subterrânea com estantes de livros vazias.


Em nosso passeio no ônibus, havíamos visto a Hofbrauhaus Munchen, uma cervejaria que havíamos ido em Munique. Resolvemos ir comer lá. A cervejaria é enorme e tradicional, os garçons usam roupas típicas e tem um palco onde tocam músicas da Bavária. Muito bacana. Chegamos no meio da tarde e estava bem tranquilo. Fomos super bem atendidos. As crianças comeram os famosos schnitzel de porco (cotoletas, na Itália) e eu e marido fomos de joelho de porco. Íamos pedir um pra cada, mas nossa garçonete sugeriu dividirmos. Muito sensato. O prato é imenso! Mas foi, sem sombra de dúvidas, a melhor carne de porco que já comi na vida. Sabe a pururuca perfeita? Isso mesmo!


 
Pegamos nosso ônibus e fomos para Charlottenburg. Passeamos um pouquinho por lá, pegamos o ônibus novamente e descemos na Kadewe que estava fechada...fomos então para a Gendarmenmarkt. É mais uma das praças de Berlim. Lá, vimos a Kozerthaus (casa de concertos) e as catedrais “gêmeas”: Francesa e Alemã. Estavam montando uma feirinha de Natal por lá que seria inaugurada aquela noite...perdemos. Aliás, toda cidade que visitamos estavam montando suas feirinhas. Perdemos todas!Passeamos mais um pouco e voltamos para o hotel. Estávamos exaustos!
Palácio e Charlottenburg

 
No dia seguinte, só teríamos a manhã para passear, pois teríamos que ir para o aeroporto cedo. Demos uma volta na Gendarmenmarkt e voltamos para o hotel. Pegamos nossas coisas e fomos para o aeroporto: Budapeste, aí vamos nós!!

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