20 de fevereiro de 2015

Óbuda + Buda + Peste = Budapeste!

Chegamos a tardinha em Budapeste. Como já sabíamos que pegar taxi não é das tarefas mais simples por lá (tem muitos oportunistas querendo tirar uma graninha de turistas: cuidado! Por sinal, o que tem de cara oferecendo iphone no meio da rua...coisa de doido!), fechamos o transfer com o hotel (30 euros para nós 4). Aí, ficou fácil. Quando desembarcamos, já tinha um senhor nos esperando. Tranquilo demais.

Ele nos deixou no Trendy Deluxe Apartments, em Peste, um apart muito bacana e super bem localizado. Ficaria lá novamente com certeza! Em frente ao apart tinha um mercadinho onde fizemos compras básicas para o café da manhã e lanches.
Vamos entender Budapeste?

A cidade é dividida pelo Danúbio. De um lado tem Buda, a parte alta, onde fica o Distrito do Castelo, cheia de história; do outro, Peste, a parte plana e mais animada da capital húngara, com muitas lojas, restaurantes, hotéis, teatros e parques. São mais de dez pontes ligando Peste, a com Buda. Uma mais linda que a outra.
Inicialmente, eram três cidades: Óbuda, Buda e Peste. A primeira união ocorreu em 1849. Depois, foram separadas novamente pelos Habsburgos e unidas novamente em 1873, formando a Budapeste que conhecemos atualmente. Muito antes da fusão, a região já havia sido palco de muitas disputas tendo sido ocupada por celtas, romanos, dentre outros povos até ser conquistada pelos húngaros.  A cidade ainda enfrentou o domínio do Império Otomano, foi ocupada por tropas alemãs, consideradas aliadas na Segunda Guerra, e invadida pelos russos na sequência, ficando sobre o regime comunista até à Queda da Cortina de Ferro. O pessoal de lá tem horror aos russos. E, várias estátuas e monumentos que cultuavam o comunismo foram destruídos ou cobertos.

Deixamos nossas coisas e fomos atrás de um restaurante. A moça que nos entregou a chave do apartamento nos indicou um na rua de trás do hotel: Hummus Bar. Ambiente muito bacana e estava vazio, mas disseram que não havia mesa disponível. Ãh?! Fomos embora...voltamos para a rua do hotel, que também é conhecida como a Design Street de Budapeste, e encontramos o Trófea. Um restaurante muito bacana que tem um buffet com comidas húngaras (marido se acabou no Goulash) e um lado de grelhados. Você escolhe o que quer (carne, frango, peixe, camarão, polvo etc...) e a quantidade e o rapaz faz na hora. Adoramos!

Como já era noite, fomos para o hotel. No dia seguinte, fechamos o city tour na recepção do hotel, mas quando saímos, nos ofereceram o mesmo passeio (2 dias e mais um passeio de barco) por metade do preço. Voltamos na recepção, explicamos a situação e nos devolveram o dinheiro. Fechamos com o rapaz no meio da rua (existem muitos oferecendo passeios por lá!). Foi uma excelente escolha. Mais barato do que nas outras cidades em que compramos o passeio. São duas linhas que cobrem praticamente todas as atrações da cidade. Os ônibus não são os mais modernos e limpos do mundo, mas a narração era boa, apesar dos fones que não são descartáveis (dica: leve o seu! Passei o dia todo agoniada, pensando em quais orelhas aqueles fones estiveram antes das minhas...eca!).
Pegamos o ônibus em frente a Grande Sinagoga de Busdapeste e seguimos por toda a Andrassy (a Champs Elysée de Budapeste, guardadas as devidas proporções...A avenida é charmosa, larga e extensa. É nela que fica a Ópera, além de vários restaurantes, algumas lojas e teatros. No segundo dia fizemos um passeio a pé por ela) até chegar na praça dos Heróis. De um lado da praça fica o Museu de Belas Artes; do outro, o Kunsthalle - o "mercado da arte" de Budapeste.
 



 
Atrás da praça, tem o parque da cidade, o Városliget. Fala junto comigo: Vá-Ros-Li-Get! Fácil, né não? Eu não entendia nada do que eles falavam por lá...NADA! Pior que grego! Voltando ao parque...lindo demais! Bem na entrada, estavam montando uma pista de patinação no gelo enorme que seria inaugurada quando? Maestro Zezinho, uma nota: no dia em íamos embora! Hahahahaha
 

 
Fomos direto a um castelo lindo que tem no parque, o Vajdahunyad Castle. Na saída do castelo, as crianças viram um parquinho e correram pra lá. Eu avistei um edifício e fui ver o que era. É a maior termas da Hungria e chama Szechenyl. Linda! Por dentro e por fora. Quando entrei, já vieram duas moças me oferecer os inúmeros serviços do local. Agradeci, tirei uma foto e saí. Budapeste é famosa por suas águas termais. São mais de 100 nascentes, algumas até com efeitos medicinais. A cidade tem várias termas e a mais famosa (e luxuosa também) é a Geller, mas não fomos a nenhuma...


Saímos do parque e pegamos o ônibus novamente até o Parlamento que estava em obras... Era impossível chegar perto dele e nossas fotos ficaram prejudicadas. O melhor ângulo foi quando fizemos o passeio de barco pelo Danúbio. Que espetáculo! Arrisco dizer que é um dos monumentos mais bonitos da Europa. Lindo e inesquecível! Imagina sem obras...
 
 

Saímos dali e fomos caminhar na margem do Danúbio. Encontramos vários sapatos de bronze na beira do rio. É um memorial em homenagem aos judeus executados na segunda guerra. Eles eram alinhados na beira do rio, baleados e seus corpos eram jogados no Danúbio. São sapatos masculinos, femininos, de crianças...triste, muito triste.

 
Andamos bastante até chegarmos no barco que nos levaria para um passeio pelo Danúbio. Adorei, pois foi possível ver o Parlamento de frente (acho que é o melhor lugar para tirar fotos!). Além dele, vimos o Castelo de Buda, a ponte Széchenyi Lánchíd, etc... Adoramos, apesar do vento muito frio!
 




 
Chegamos no final da tarde e fomos a pé por uma rua super movimentada, a Utca. Paramos para tomar uma sopa de cebola e um goulash maravilhosos. No final da rua tinha uma feirinha de Natal. Gracinha demais! Cheia de comidinhas, bebidas, temperos...compramos páprica para fazer Goulash no Brasil (né marido?? Cadê o Goulash??). Aproveitamos e jantamos por ali mesmo. Voltamos a pé para o hotel e descobrimos que é tudo muito perto no centro de Peste.
 
 
 



 
Dia seguinte, pegamos nosso ônibus e fomos para Buda. Pegamos o funicular para subir no Castelo ou Palácio Real, mas é possível ir a pé e o próprio ônibus faz uma parada lá em cima. Valeu o passeio pelas crianças!




 
Lá em cima, a vista é linda demais! Tem váááários museus tais como a Galeria Nacional Húngara e o Museu da História de Budapeste. Na época em que os Habsburgos (aquela galera de Vienna, da Sissi!) dominaram por lá, a família vinha passar o verão no Castelo. Sabia que são apenas 4 horas pelo Danúbio entre uma cidade e outra? São 280 km que separam as cidades...tipo Brasília – Goiânia. E o visual é o mesmo! hahahahaha
Pegamos o ônibus e fomos para o Bastião dos Pescadores, um terraço em estilo neogótico onde se tem a melhor vista panorâmica da cidade.



Saímos de lá e fomos dar uma volta pela Andrassy. Passamos em vários lugares. Entramos numa galeria de arte que tem um café super charmoso. Na verdade, verdadeira, não entramos lá por que era uma galeria de arte...entramos lá por que havia lido Galerias Lafayette e uma amiga havia encomendado um pó compacto...quando entramos, deixei marido e criancinhas no café e fui explorar a tal galeria...subi e subi e subi e só telas e telas e telas, aí desci, desci, desci, tomei um chocolate quente e fomos embora!
De lá fomos para a Basílica de São Estevão (ela era nossa vista do apartamento!), um dos edifícios mais altos da cidade. Linda demais! Vale uma visita!


Demos uma volta pelas ruazinhas perto da basílica. Fomos perguntados 458 vezes se queríamos comprar um iphone e decidimos ir para a Utca, pra feirinha de Natal. Passeamos um pouquinho e fomos jantar no Trófea, pois o que é bom merece repeteco! Comemos o mundo e fomos pro hotel! No caminho, encontramos uma portinha, bem ao lado do vespa café, e entramos. É uma ruazinha cheia de bares, cafés e restaurantes. Tudo muito charmoso. Motivo pra voltar, né? A lista tá grande...

Dia seguinte, arrumamos as malas e fomos para o aeroporto.
A viagem foi maravilhosa! Adoramos todas as cidades!! TODAS! Voltaria em todas elas e acrescentaria mais algumas! E passaria o resto da vida viajando...

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