7 de dezembro de 2011

Vírus, sai deste corpo que não te pertence!

Eu peguei uma virose. E tô mal, muito mal. Desde ontem. O marido diz que quando eu adoeço, eu adoeço mesmo. Por exemplo: eu não tenho apenas infecções de garganta, eu tenho abcessos que me fazem ficar internada. Eu não tenho tosse, eu tenho crises que me fazem perder o fôlego. E olha que eu odeio brincar de adoecer. Odeio remédios, odeio médicos, odeio hospital. Mas, voltando à virose, comecei ontem com um mal estar pelo corpo e dor de cabeça. Quando peguei as crianças na escola e estávamos voltando para casa, Marcello vomitou dentro do carro (desde domingo ele estava enjoado, mas estava esperto, sem febre e, na segunda, já havia se alimentado bem). Foi o tempo de ajudá-lo, limpá-lo, limpar o carro que eu - literalmente - arriei! Vomitei muito (eca!!) e não conseguia mais levantar. O filhote ficou super bem e até jantou mais tarde. Dormiu bem e passou hoje todo o dia bem animado. Já eu....

Marido ficou tão preocupado ontem que até chamou um médico. Aqui, existem médicos de família disponibilizados pelo Governo. Você liga e o médico designado para sua área de residência vem em casa. A médica que me atendeu chegou 1 hora após o telefonema do marido. Quanto custa? Nada. E o serviço é para todos. Se @ médic@ achar que @ paciente precisa de maiores cuidados, liga para a ambulância que vem imediatamente. Fiquei encantada com o serviço! Ela me examinou, disse que era uma virose que está "pegando" todo mundo na cidade (eu mesma conheço 6 pessoas que tiveram esta semana!), me deu uma injeção para a dor e uma receita para comprarmos os medicamentos necessários. Ah! Outra coisa interessante por aqui e que ajuda a desestimular a auto-medicação é que se você vai à farmácia com a receita, o remédio pode sair até 4 vezes mais barato do que se fosse comprá-lo sem ela.

Medicada e completamente fraca, dormi. Mal, mas dormi. E quem teve que fazer absolutamente tudo com as crianças e com a casa foi o marido. E ele não está acostumado. Sempre ajuda, mas não faz tudo porque nunca precisou. Em Brasília tínhamos um verdadeiro batalhão de assistência para esses momentos. Eram avós, avôs, prim@s, irmãs, todos de plantão. Aqui, eu tenho o marido e o marido tem a mim. É interessante, diferente e um grande aprendizado. É lógico que temos amigos queridos por aqui e que se colocaram à disposição para nos ajudar. Uma vizinha que é muito amiga até trouxe um dos remédios que eu precisava tomar e se ofereceu para ir à farmácia já que o marido tinha que ficar com os pequenos. Mas é diferente do tipo de ajuda que tínhamos no Brasil. E foi bom ver como nos viramos bem. Deu tudo certo. É lógico que ele foi trabalhar mais cansado hoje, mas isso faz parte e, desde que chegou do trabalho, ainda não parou. Já fez jantar para todo mundo, arrumou as crianças para dormir e está limpando a cozinha. Uma graça!

Esse negócio de viver como expatriados é uma prova de fogo para um casal. Na minha humilde opinão, nesta situação cheia de dificuldades ou vai ou racha. Pelo visto, eu e marido vamos!! Para onde? Ser felizes, oras! 

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