Confesso que já fui mais apaixonada pelas festas de finais de ano. Acho que a banalização do Natal e o foco no consumo me desmotivam muito...Mas, como tenho crianças, me esforço (e muito!) para transformar essa data em momentos especiais. Por isso, monto árvore, escrevo cartas para o Noel, compro presentes, passeamos para ver as luzes da cidade etc.
Mas, o que gosto mesmo é dessa sensação de dever cumprido ao final do ano, sabe? E do sentimento de esperança que um novo ciclo traz. Gosto de pontos finais e o dia 31/12 significa isso para mim. Um ponto final e a possibilidade de iniciar um novo parágrafo, um novo texto. Tem um texto do Carlos Drummond de Andrade (acho que todo mundo já conhece) que tem tudo a ver com o que sinto neste período. Há anos o repasso e o recebo e, agora, compartilho com vocês que vem por aqui.
RECEITA DE ANO NOVO
Para você ganhar um belíssimo Ano Novo,
da cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido).
Para você ganhar um ano,
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior) ,
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens.
Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumadas,
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
Para você ganhar um belíssimo Ano Novo,
da cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido).
Para você ganhar um ano,
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior) ,
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens.
Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumadas,
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
A todas as pessoas da nossa família, amigos novos e antigos, virtuais e reais, colegas de trabalho, colegas de ex-trabalho, nosso FELIZ NATAL e um ANO NOVO repleto de conquistas e realizações!
Sheyla, Guto, Duda e Dudu
Um Natal maravilhoso para vocês!!!! Que vcs tem um fim de semana iluminado e muito feliz!
ResponderExcluirbeijos