Dia de Istambul! Um dos motivos de termos escolhido este trajeto - Itália / Grécia / Turquia / Croácia - era por causa de Istambul. Marido era doido pra conhecer a cidade! Fechamos excursão em terra, pois queríamos fazer os dois continentes: europeu e asiático. Por conta própria seria contra-produtivo demais, pois a cidade é imensa.
Istambul é a maior cidade da Turquia e uma das maiores do mundo! Com mais de 15 milhões de habitantes, ocupa ambas as margens do Estreito de Bósforo e do norte do Mar Mármara que separam a Europa da Ásia no sentido norte-sul.
É uma cidade moderna, com muita história pra contar. Já se chamou Bizâncio e Constantinopla (lembra das aulas de História?) e é conhecida como a cidade das 7 colinas pois, assim como Roma, possui...adivinha? 7 colinas! Em cada uma delas, tem uma mesquita. Aliás, basta piscar para encontrar uma mesquita por lá. São mais de 3.500!! Num País em que mais de 90% da população é islâmica, não podia ser diferente.
Pegamos nosso ônibus no porto e fomos direto para uma das margens do Bósforo para pegar uma balsa. Fizemos a travessia da parte europeia para a asiática pela água. Uma agradável surpresa. Além de termos uma vista privilegiada, vimos vários pontos turísticos da cidade como o Palácio Topikapi, o Museu de Arte Moderna. várias mesquitas, um mosteiro/fortaleza gigante etc. Muita coisa linda pra se ver.
Vimos nosso navio estacionado |
Depois de 40 minutos, chegamos na parte asiática. Nossa primeira vez na Ásia!
Os pezinhos das crianças não saíram na foto, pois descemos do barco e tinha um parquinho. Eles foram correndo pra lá! Tirar foto na Ásia? Pra quê? Melhor escorregar, né?
Ah! No barquinho, serviram café, suco de laranja, água, cerveja (às 8 da manhã!) e chá de maçã. Meu pai via o homenzinho ir e vir com a bandeja e ninguém aceitar nada. Com pena do rapaz, ele pegou um chá, tentou tomar, mas estava horrível. Aí, vem o homenzinho: "são 2 euros, senhor!'. Era tudo pago e meu pai com pena do rapaz! Momento-mico total.
Seguimos direto para o Palácio Beylerbeyi, construído entre 1861-1865 pelo sultão Abdulaziz. Tratava-se do palácio de verão dos
sultões. Suntuoso e luxuoso, fica embaixo de uma ponte linda. E lá, cheguei à conclusão de que morar embaixo da ponte pode não ser tão ruim assim...
Chegamos e atravessamos um túnel bem longo e saímos num jardim bonito. Logo depois entramos no Palácio. Não se pode tirar fotos lá dentro e tem que usar proteção nos sapatos. O chão é todo de palhinha e eles mantêm o original. Passamos por diversas salas e quartos. Tem até uma sala de oração voltada para Meca. Aprendemos que só as 4 primeiras esposas que davam um filho homem ao Sultão tinham direito a quartos, além da mãe dele. Informação super importante pra minha vida! O lugar tem ouro pra todo lado e os lustres...ah! Lindos demais. Achei interessante, pois nunca imaginei visitar o Palácio de um Sultão. Saímos e ficamos pelo jardim até nosso ônibus chegar.
Saímos de lá e fomos para o programa-mico do dia. Excursão é assim, né? Nos levaram para uma loja de casacos de couro. Entramos e nos fizeram sentar em uma sala com uma passarela no meio. Entrou um cara e disse que casacos de couro são artig...zzzzzzzz. Começou o desfile com os modelos mais improváveis do mundo fashion. Um era a cara do Elvis na sua época mais roliça, o outro parecia o Agostinho Carrara da Grande Família, uma estava de ressaca e usou óculos escuros o tempo todo, outra era tão fofinha que só usava os casacos super largos...enfim, constrangedor. Eles desfilaram, convidaram uns turistas para desfilar também, mais mico. Tocou "Ai se eu te pego" e "Gustavo Lima e você". Meus filhos cantaram. As luzes piscavam. Um horror. Ofereceram chá, meu pai não aceitou achando que era pago e era de graça (brincadeira! ele aceitou!) e nos levaram para uma loja gigante e cheia de casacos de couro caros. Tchau. Voltamos para o ônibus.
Depois, seguimos para o restaurante. O almoço estava incluído no pacote. Melhor que não estivesse! Nos levaram para um hotel (isso mesmo, caro leitor! Tanto lugar bacana, fomos comer no restaurante horrível de um hotel meia-boca de Istambul!). Perda de tempo total. Nem a comida era possível escolher. Já estava incluído no pacote: um frango bem temperado, arroz, umas verduras, um doce estranho e só. Pedimos um frango sem temperos para as crianças e eles providenciaram. Quando Marido foi cortar o frango para o Dudu, ele sentiu o cheiro. Gente, estava estragado!! Meio cru e fedido demais. Deixamos de lado e meus filhos ficaram a base de batata frita. São esses momentos que me fazem desanimar com as excursões...mas, quem tá na chuva é pra se molhar.
Seguimos com nosso grupo até o centro da cidade. Vimos a Mesquita Azul (linda demais!), a Basílica de Santa Sofia e fomos para a Cisterna da Basílica. Muito bacana o local. É um
reservatório subterrâneo que foi construído a pedido do imperador Justiniano I. Tem 336 colunas de 9 metros de altura cada e com capacidade para
80.000 litros de água, a sua área total ocupa 10 000 m². Ela foi utilizada para abastecer a cidade até o final do século XIV e hoje é apenas um ponto turístico bem curioso.
Dentre as 336 colunas, estão 3 muito especiais: a das lágrimas e outras
duas onde foram colocadas cabeças da medusa que geram polémica sobre a sua
posição e origem. Mas, sendo sincera, não entendi bem o porquê. Explico: nossa guia falava alemão e italiano e não sei se, nesta hora, ela já estava cansada ou se era o calor, mas ela não conseguia completar uma frase em italiano e a repetir em alemão. Ela começava em alemão, falava em italiano pelo meio e, acho eu, concluia em árabe. Só pode. Passei a ignorá-la e só tirar fotos!
Ela explicou (tentou explicar...) o porquê da Medusa ter os cabelos de serpente, mas isso nós já sabíamos pois a nossa guia de Izmir já havia explicado. Sabe aqueles olhos turcos/gregos? Eles são conhecidos como um talismã contra o mau-olhado, contra o olhar da Medusa. É o seguinte: Afrodite, a Deusa do amor, estava com muito ciúmes da Medusa que era uma mulher muito linda e encantava os homens. Aí, pra sacanear a arrasa-quarteirão, ela transformou os cabelos da moça em cobras para os homens não mais se aproximarem e, além disso, quem a Medusa encarasse, virava pedra. Quem tivesse o tal olho-turco/grego, estaria a salvo. Entendeu? Resumindo: tem duas estátuas com o rosto da Medusa na Cisterna e eu não sei o porquê. Se alguém souber, deixe nos comentários, por favor.
A Mesquita Azul. Não entramos, pois não fazia parte da programação da excursão. Fiquei arrasada. Queria muito entrar. |
Saímos de lá e nossa guia nos liberou para rodarmos pelo Gran Bazar. Ah! Eu amei o Gran Bazar. Tem tudo. Tudo mesmo. E mais alguma coisa...A diversão é negociar muito e pagar bem menos do que eles pediram inicialmente e ainda assim ter a sensação de que pagou mais do que devia. Tudo lá é negociável e os vendedores são enlouquecidos. Não te deixam sair de mãos vazias. Fizemos algumas comprinhas e só rodamos umas 3 ruazinhas do Bazar. são mais de 4.000 negócios. Eu achei que fossem barraquinhas bem simples, mas são lojinhas mesmo. Algumas bem arrumadas. De artigos pra casa a ouro, você encontra por lá.
A caminho do Gran Bazar. me lembrou o El Caminito. |
Entrada do Gran Bazar |
São muitas ruazinhas como esta |
Inshalá! Quanto ouro! |
Vimos muitas mulheres de burca pelas ruas, não ouvimos o toque para as orações, não comemos kebab, mas saímos de lá maravilhados com as possibilidades que a cidade oferece.
Voltamos para o navio no fim da tarde. Só o tempo de tomar banho e irmos jantar. Foi noite italiana e bem animada. Depois, teve festa tropical na piscina. Ficamos um pouquinho, pois as crianças estavam exaustas.
Tchau Turquia! Até a próxima!
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