29 de abril de 2012

Viena!! Parte 2

Acordamos, tomamos café e fomos em busca da Sissi perdida...

Na verdade, fomos ao Sissi Museum, mas é lógico que tínhamos que nos perder. Se bem que se perder em Viena pode ser muito proveitoso...acabamos chegando em Bundesgarten, local que era a residência da família de Habsburg, a família do marido da Sissi. Essa família imperial ficou no poder por 600 anos até a Proclamação da República da Áustria. 





Achamos um mapa aí dentro, mas não conseguíamos achar o tal museu da Sissi e tive que apelar para os universitários! Liguei para a Livia, a esposa de um colega do trabalho do marido, que mora em Viena. Eles (a Livia e o marido) foram para Barcelona conosco. Ela mora pertinho do Bundesgarten e veio nos resgatar com um guia de Viena nas mãos. Agora sim, rumo ao museu!





O museu é imenso! A primeira parte mostra as louças e pratarias usadas pela família imperial. No audio guia, é possível ouvir sobre rituais de épocas diversas e eventos realizados pela imperatriz. As crianças adoraram o audio guia. Ouviram tudo em inglês e, quando tinham dúvidas, nos perguntavam. A segunda parte, são os aposentos, roupas e o dia-a-dia da Sissi. Duda ficou maravilhada. Dudu ficou impressionado ao saber que a Sissi havia perdido um filho (na verdade, ele se suicidou, mas não expliquei isso às crianças...) e, a partir desse momento, ela passou a usar somente roupas pretas. Ele também ficou impressionado com o fato de um italiano chamado Luigi ter assassinado a imperatriz. Dudu me perguntou se era o Luigi, amigo do Mário, do Mário Brothers. Expliquei que era outro, bem malvado e ele ficou mais tranquilo, mas falou nisso o dia todo.

Na verdade, a estória da Sissi é bem romântica, pelo menos no começo, pois o Franz iria se casar com a irmã dela, mas ele se apaixonou perdidamente pela Sissi e casou com ela. O problema é que a imperatriz escrevia muito e sempre relatava sobre a "prisão" do casamento o que nos faz pensar sobre sua real felicidade ao lado de Franz Joseph. Ele a amava muito. Todos os áudios guia de Viena deixam isso claro.



Depois do almoço, seguimos para o Schobrun, o palácio de verão da família imperial. Na verdade, quem decorou tudo (bem rococó!) foi Maria Teresa. É cheio de quadros dela e das filhas nas paredes, mas acho que as pessoas vão lá procurando coisas da Sissi mesmo. Existe uma parte da Sissi e do marido, mas é bem pequena. Você sabia que uma das filhas de Maria Teresa era casada com Napoleão? E outra foi casada com D. Pedro I. Eles casaram por procuração. Pelo o que entendi, todo mundo se separou. Familiazinha moderna!



Andamos o castelo todo. Ficamos sabendo que por conta da cabeleira gigante, a Sissi ficava de 2 a 3 horas sentada em sua penteadeira. Para aproveitar esse tempo, uma pessoa lia livros e ensinava inglês a ela. Aprendemos sobre Maria Teresa que era uma mulher muito forte. O marido dela, outro Franz, quase não aparece...Depois do passeio interno, fomos para os jardins. Nessa área, existem os labirintos e um parque para crianças pequenas.








O primeiro labirinto é difícil e nos perdemos várias vezes! O segundo é mais fácil e cheio de interação. Tem caleidoscópio, ponte, pianinho. O terceiro é redondo e bem sem graça. As crianças gostaram muito do parquinho. Depois da diversão, voltamos para o hotel. Luiza foi assistir a um balé na Ópera e meus pais foram jantar com a Fernanda e o marido numa cervejaria. Eu e as crianças resolvemos aproveitar a piscina do hotel! Quentinha, igual a Caldas Novas!



No dia seguinte, fizemos o city tour. Como gostei da experiência em Barcelona, achei que seria proveitoso em Viena também. Compramos os vouchers pela internet e levamos a cópia no ipod da Luiza. Quando chegamos na parada principal e mostramos, a moça da empresa disse que devíamos ter impresso. Explicamos que não tínhamos e perguntamos como poderíamos fazer. Ela não fazia ideia. Outro rapaz, da mesma empresa, disse para irmos a uma lan house para imprimir. Indicou uma que não existia mais. Quando fui falar com um senhor da empresa do City Tour, ele começou a gritar comigo: "Você está vendo alguma impressora aqui comigo??!!", dizia. Fiquei chocada! Respondi a ele que não entendia o porquê da grosseria e que eu era uma cliente! Cliente! Eu já estava quase gritando! Porque eu sei ser dramática! Mas, ele deu de ombros.... Depois entendi que ele está ali para vender vouchers, ou seja, como havíamos comprado pela internet, ele não ganharia nada conosco. Até entendo, mas ele não precisava ser grosseiro...Depois de 1 hora, conseguimos achar uma lan house. Imprimimos e embarcamos. Diferentemente do de Barcelona, em Viena os fones são presos nas poltronas e você usa o fone utilizado por outras orelhas. Isso me incomodou um pouco...frescuras a parte, a versão em português era um pouco sofrível também e, em vários momentos, o áudio falhou, mas fora isso tudo, o esquema é semelhante.

São 3 rotas: ring (a rua que rodeia o centro), danúbio (que passa pelo rio, aquele da valsa) e schobrun (não fomos nessa rota, pois havíamos feito o castelo no dia anterior). Começamos pela rota Ring. Passamos por lugares lindos como o Parlamento, a Universidade, o bairro Judeu, catedral de San Esteban,  etc...As carruagens são para Viena o que as gôndolas são para Veneza, a alma da cidade. São milhares delas. Todas passadas de pais para filhos ou filhas. 

Depois, trocamos de rota e fomos para o lado do Danúbio. Lindão esse rio. Enorme.

Parlamento
Universidade

Catedral San Esteban

Cavalinhos bem tratados
Povo com os fones usados por orelhas alheias

Na rota do Danúbio, descemos no parque que tem a roda gigante panorâmica. Ela foi construída no início do século passado e deveria ter sido destruída, mas como não tinham dinheiro para destruí-la...ela está lá até hoje. Minha mãe estava preocupadíssima, afinal, se não tinham dinheiro para destruir, vão ter para fazer manutenção? Depois de muito insistirmos, ela topou ir. E é um passeio que vale a pena! Dá para ter uma vista linda da cidade.




Almoçamos no restaurante da própria roda gigante. Gente, eu e meu pai comemos uma salsinha recheada com queijo e coberta por uma camada finíssima de bacon! Estava maravilhoso, mas o que mais gostamos mesmo foi o petit gateau da sobremesa. Até repetimos!

O Danúbio!

Igreja de São Francisco
Depois do passeio, voltamos ao hotel para nos arrumarmos, pois tínhamos um jantar na casa da Fernanda. Jantar maravilhoso feito pelo marido da Fernanda, o Reiner. Segundo ela, ele que cozinha todos os dias, pois ela e o fogão não se dão muito bem...ué, Fernanda, minha relação com o fogão é bem parecida...

No dia seguinte teve a maratona de Viena e foi bem na hora de pegarmos o transfer para o aeroporto. E cadê que conseguíamos passar?! Foram uns 25 minutos esperando uma brecha e...nada! Até que o motorista teve a santa ideia de mudar a rota! Juro que pensei que perderíamos o voo. Enquanto esperávamos, ouvíamos valsa, pois em Viena é assim. Toca valsa durante a maratona! Os organizadores colocam caixas de som enormes espalhadas pelo percurso. E eu não sei se valsa é a música mais adequada para correr, mas quem sou eu pra me meter...

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